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PÓS-CUNHA. Ele é considerado ‘carta fora do baralho’. Agora, briga (grandona) é ver quem fica no lugar dele

Deputados e partidos já trabalham com um cenário em que Cunha é cassado. Mas não se entendem e consenso é difícil (foto Reprodução)
Deputados e partidos já trabalham com um cenário em que Cunha é cassado. Mas não se entendem e consenso é difícil (foto Reprodução)

Por HYLDA CAVALCANTE (da Rede Brasil Atual), no jornal eletrônico Sul21

Líderes partidários da Câmara combinaram de se reunir na próxima semana para definir como ficarão as articulações para as candidaturas à presidência da Casa, em caso de cassação ou renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação repassada nesta sexta (1º ) foi de que o PSDB está cada vez mais próximo de formar um bloco ao lado de PMDB, DEM e PPS, de forma a ser apresentado um candidato único por este grupo, descartando alguma candidatura isolada. O nome a ser lançado deverá disputar a vaga com um candidato do chamado centrão – bloco formado pelas legendas PP, PSD, PR e PTB e outros a serem apresentados em separado pelo PT e demais legendas.

A tendência levará ao racha entre as siglas que faziam oposição ao governo Dilma Rousseff, caso venha a ser confirmada a divisão. A separação se dá, de acordo com alguns parlamentares, porque existem, entre integrantes do grupo do centrão, deputados que mesmo com o desgaste de Eduardo Cunha ainda demonstram disposição de aceitar um nome ligado a ele.

PSDB e mesmo o PMDB acham que a situação do deputado fluminense é cada vez mais difícil e não há mais condições de reverter o processo que levará à sua cassação.

Na manhã desta sexta-feira (1º), o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-CE), afirmou que a situação de instabilidade política na Câmara precisa ser revertida o quanto antes, diante do desgaste continuado que tem sofrido a instituição.

Segundo ele, mesmo ainda não tendo sido definida a posição de Eduardo Cunha (uma vez que o processo de cassação do deputado está previsto para ir a votação no final deste mês ou início de agosto), é preciso que os partidos já pensem em como serão as candidaturas – uma vez que cinco sessões depois da saída do deputado afastado do cargo, poderá ser votado o nome do novo presidente.

‘Passando da hora’

“Tenho certeza que passou da hora de encontrar a solução para o problema. Isso está prejudicando o país. Não temos mais alternativa”, destacou Moura. Nos bastidores, o que se comenta é que Eduardo Cunha ainda insiste em trabalhar para evitar a sua cassação. Sua última investida foi no domingo (26), quando ele participou de um encontro secreto com o presidente interino da República, Michel Temer, no Palácio do Jaburu.

“Esse encontro mostra que não apenas Cunha é atuante nas manobras de bastidores como também que tem apoio por parte do grupo de Temer. Mesmo proibido de circular pela Câmara, Cunha continua promovendo encontros clandestinos, com o beneplácito de Temer, para se salvar”, reclamou o deputado Wadih Damous (PT-RJ),  ao falar sobre o assunto no Salão Verde.

Também o deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou que, mesmo afastado da Câmara, são fortes os contatos do presidente afastado com outros parlamentares e mesmo com os titulares do governo provisório, o que revela a importância de as discussões sobre a sucessão de Cunha serem adiantadas. E, também, de os parlamentares ficarem de olho em novas manobras a serem feitas pelos seus aliados.

Nas mãos do STF

Wadih Damous e Jorge Solla, assim como André Moura, defenderam que o plenário aprove o mais rápido possível a cassação do mandato de Eduardo Cunha para que a Câmara volte à normalidade. “Ou aprovamos a cassação ou entregamos o seu destino ao STF, porque das condenações nas quais ele (Cunha) é réu não tem escapatória”, afirmou Damous.

Ex-presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Damous disse ainda que o melhor é a Câmara acelerar o mais rápido possível a cassação de Cunha, para evitar que a decisão venha a ser tomada pelo Judiciário. “Se entregarmos o destino de Eduardo Cunha ao STF poderemos ter efeitos deletérios futuros para a Câmara. Estaremos fortalecendo o Judiciário, em detrimento do Legislativo. O ideal é a Câmara cassá-lo, mas infelizmente na Casa tem uma maioria tomada por esse sentimento de acordos espúrios”, ressaltou.

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