Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários
Diretores do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (20) em frente à agência Centro da Caixa Econômica Federal, em Santa Maria. Os sindicalistas cobram respeito e condições dignas de trabalho para os avaliadores de penhor, com cumprimento da jornada de seis horas diárias.
A atividade de penhor é uma das mais antigas da Caixa e confunde-se com a fundação do banco, em 1861. Além disso, está entre os serviços mais rentáveis da instituição, representando 30% das receitas. Atividade prestada exclusivamente pela Caixa atrai cada vez mais clientes de baixa renda. Porém, nem sempre foi assim. Antigamente, as operações eram feitas por casas privadas, que cobravam juros extorsivos e impunham cláusulas abusivas.
Todavia, apesar da importância do serviço, o banco desrespeita o trabalho dos avaliadores de penhor. A Caixa prepara-se para retirar o adicional de insalubridade dos 900 profissionais que realizam este serviço no país. Trata-se de um valor pago há mais de 40 anos em razão dos riscos à saúde gerados pela manipulação de produtos químicos. A Caixa argumenta que os locais de trabalho são adequados, mas os relatos dos avaliadores mostram justamente o contrário.
– Defendemos um ambiente saudável para os trabalhadores e clientes que recorrem diariamente ao penhor. Enquanto essa conquista não é alcançada, é arbitrário suspender o adicional de insalubridade dos avaliadores – afirma o diretor do Sindicato, Alexandre Santos.
Os sindicalistas entregaram uma carta aberta à população explicando os motivos do protesto. Uma faixa indicando a ação foi afixada em frente à agência.
Segunda-feira (18), graças à pressão dos trabalhadores, a Caixa prorrogou por 90 dias o pagamento do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor. O anúncio foi feito em resposta ao ofício entregue pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), durante a negociação da mesa permanente realizada semana passada. O Sindicato dos Bancários luta para que a Caixa desista desta política e passe a reconhecer a importância destes profissionais para o banco.
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