CAMPANHA. Werner e Crisóstomo rechaçam a “privatização da água e do saneamento” na cidade
Por FRANCIELE MARQUES (texto e foto), da Assessoria de Imprensa da Candidatura
Diante da discussão sobre o fim do contrato da Prefeitura de Santa Maria com a Corsan, previsto para o próximo dia 16 setembro, os candidatos do PPL a prefeito, Werner Rempel, e a vice, coronel Eduardo Crisóstomo, rechaçam “qualquer forma de privatização da água e do saneamento” na cidade. A dupla afirma que não descarta que o município assuma os dois serviços. Na ótica dos candidatos do PPL, o assunto merece uma boa análise de todas as partes envolvidas para que não haja equívocos na busca da melhor solução. “É fundamental que nem a população nem o município saiam prejudicados”, consideram.
O plano de governo de Werner e Crisóstomo destaca o seguinte sobre o tema água e saneamento: “Nós possuímos 94,9% das nossas economias recebendo água tratada. Esta porcentagem é maior dentro do perímetro urbano. Embora a coleta de esgoto não chegue a 50% da planta urbana, o esgoto cloacal coletado é 100% tratado. Nós nos inclinamos por uma saída pública nesta questão, que se tende à renovação da concessão para a Corsan, mas não perdendo de vista a possibilidade do município de Santa Maria construir uma alternativa municipal pública, afastando de plano qualquer alternativa de terceirização privada”.
Na agenda desta terça-feira (30) da campanha “Para cuidar bem de Santa Maria”, o coronel Crisóstomo visitou a empresa Thor Máquinas. À tarde, Werner esteve no Esporte Clube Charrua e conheceu o projeto social do grupo “As Marias Bonitas Fazendo História”, na Vila Urlândia. Depois, fez visitas a eleitores em Camobi, e à noite, na Cohab Santa Marta.
Sr. Werner, não limite as possibilidades por mera condição eleitoreira. Não escancare essa limitação, pois isso diminui seu poder de negociação e quem perderá será a sociedade.
Todo bom governante (atual ou quem deverá ser) deve saber que o melhor para Santa Maria é fazer a coisa certa.
A solução de tudo não é ideológica, pois ideologia não funciona na vida real. A solução não passa por “esse lado” ou “aquele lado”.
A solução passa por uma análise profunda e séria das necessidades de água e esgoto de Santa Maria para os próximos 15 anos, veja, bem, não é só para o ano que vem. Passa por um grande planejamento dos itens elencados de investimento e de entregas que a nova concessionária deverá cumprir e executar. E que se conclui numa licitação universal, sem filtros, para que se defina uma empresa que se prova realmente competente para cumprir as metas. Empresa que saberá, por esse documento, das penalizações (e das cláusulas de rescisão) se as metas não forem cumpridas. Jogo aberto: “quem de vocês de todo o Brasil quer encarar isso?”
Nós precisamos saber em antecipado, com transparência, desse documento, até para cobrar da Prefeitura se ela está fiscalizando e cobrando as metas.
Quando o sr. antecipa que vai filtrar as possibilidades das prestadoras que poderiam se elencar à licitação, não por uma questão técnica, não por uma questão de planejamento, não por uma questão de metas e condições financeiras para tanto, o sr. já está “viciando” o processo licitatório e prejudicando a sociedade. Não é assim que um bom governante age com os pés na realidade.
Corsan já cuida do saneamento da cidade há décadas. Se o esgoto cloacal coletado não chega a 50%, a culpa é da Corsan e dos prefeitos que ficaram parados assistindo. Coletar o esgoto e tratar não favor, é obrigação.
Mais, quando a cidade ficou sem água durante uma seca por falta de reservatório (faz tempo) e houve racionamento, a culpa também foi da Corsan. Quando um enchente levou uma adutora e a cidade ficou sem água acarretando racionamento, culpa da Corsan.
Quando um terceirizado deixa um buraco aberto na rua, culpa da Corsan.
Na próxima seca, haverá racionamento já que a cidade cresceu? Não se sabe. Fiscalização da prefeitura é deficiente.
Erros na renovação levarão a mais 30 anos de dor de cabeça. Os culpados serão cobrados, pode apostar.