ELEIÇÕES. No primeiro confronto entre os oito que querem governar Santa Maria, clima foi “paz e amor”
Por LUIZ ROESE (texto especial para o site) e CLAUDEMIR PEREIRA (foto)
Como era previsível, foi em um clima de muita tranquilidade e sem confrontos que se desenvolveu o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Santa Maria, na sede da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism), promotora do evento com a Associação dos Veículos de Comunicação. Participaram todos os oito concorrentes a ser o próximo comandante do Paço Municipal a partir de 2017.
A mediação do debate ficou a cargo do diretor técnico da Cacism, o advogado Ricardo Munarski Jobim, que nem precisou usar seu poder para conter qualquer excesso, tamanha foi a tranquilidade do evento.
O primeiro bloco foi marcado por uma apresentação de dois minutos feitas por cada candidato, em ordem definida por sorteio: Marcelo Bisogno, Valdeci Oliveira, Paulo Weller, Fabiano Pereira, Alcyr Martins, Jader Maretoli, Werner Rempel e Jorge Pozzobom.
No segundo bloco, foi a vez de os candidatos, por sorteio de ordem e de questões, responderem a perguntas feitas por entidades como Sindilojas, OAB, Fórum das Entidades Empresariais, entre outras. Werner abriu os trabalhos falando sobre a integração de Santa Maria com municípios da região e sua liderança. Em seguida, Jader foi questionado sobre a situação financeira do município.
Weller foi o seguinte respondendo uma pergunta ideal para seu posicionamento ideológico, para que ele falasse sobre os escândalos de corrupção ligados ao governo federal. Na sequência, Alcyr, mesmo sem saber exatamente sobre o que se tratava, comentou sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Adesm.
Em outra perguntas, Valdeci pode falar sobre como a máquina pública pode ser mais ágil e eficiente. Bisogno ainda falou sobre a morosidade para a aprovação de projetos na prefeitura e Fabiano expôs argumentos sobre a falta de infraestrutura do Distrito Industrial. O último do bloco foi Pozzobom, que falou sobre o “ecossistema de inovação” que está senfo formado em Santa Maria.
O terceiro e o quarto blocos foram reservados para perguntas feitas entre os candidatos, com temas pré-definidos que foram sorteados. Funcionava assim: um candidato era sorteado para fazer a pergunta e escolhia o adversário que iria responder, sendo que não poderia haver repetição dos que respondiam no mesmo bloco.
Apesar de poderem se cutucar uns aos outros nesses blocos, ninguém quis ser muito incisivo. A exceção foi o candidato do PSTU, que até tentou forçar mais. Mas não recebeu muita atenção de quem lhe respondia.
No último bloco, cada um dos candidatos pôde dar um recado final a seus eleitores. E assim terminou o primeiro debate, no estilo “paz e amor”. Alguns mostraram que precisam estudar mais a cidade. Outros devem tentar não prometer coisas que serão difíceis de cumprir. Mas isso foi só o início. Ainda veremos muitas brigas. E muitas promessas.
Outro aspecto do debate desta sexta-feira foi a dificuldade de achar alguém que defenda ou faça elogios para a gestão atual do prefeito Cezar Schirmer. Até mesmo o candidato apoiado pelo mandatário atual, Fabiano Pereira, só quis falar daqui para a frente. Para os demais, sobraram críticas.
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“Confira como foi o primeiro debate dos candidatos a prefeito de Santa Maria”, de Maiquel Rosauro, no jornal A Razão (online): AQUI.
Bisogno esqueceu que Itaara, São Martinho, Polêsine são municípios também. Não distritos de Santa Maria. Alás, a quarta colônia tem mais vocação turística do que a aldeia. Alás, no Recanto Maestro já existe faculdade, hotel, restaurante, etc.
Centro de esportes radicais é viagem na maionese. Schirmer queria que a Unifra desse jeito no Parque Palotino para poder abrir o hospital. Prefeitura está sem grana para arrumar os parques.
Isentar pequenos e médios comerciantes é demagogia.
Santa Maria nunca será Caxias, não se sabe se Caxias será Caxias novamente.
Nanosatélite é coisa de escola técnica em outros países. Pessoal dos microchips da UFSM fizeram doutorado, na sua grande maioria, em POA ou Campinas. Que fazem “microchips” há uns 30 anos.
Valdeci criará a secretaria do interior, mais cabides para pendurar petistas. Mercado público onde e com que dinheiro?
Carrefour veio para Santa Maria não para ganhar dinheiro, veio porque Valdeci pediu,
Tecnoparque é um elefante branco. Coleira bovina é bobagem, aumenta custo além dos possíveis danos. Sujeito vai colocar um pour oun para tirar o carrapato faz como?
Seu Valdeci, Lula também saiu com mais de 80% de aprovação do governo.
Tudo para inglês ver. Daqueles bem “bocabertas”. Campanha tem marketeiros envolvidos. Pesquisam e sabem que a saúde é prioridade. Prometem aumentar o número de equipes de saúde da família, algo como jogar uma colher de sal num açude e prometer que um dia virará mar. Falam no hospital regional, assunto para o governo estadual ou federal. Eleitos, sobrarão desculpas.
IDEB é o índice mais usado, aldeia pode até estar na média, mas está com nota baixa, menor do que muitos municípios com muito menos recursos, sem universidades, etc. “Estar na média” é como dizer “está tudo certo”.
Turismo na região é incipiente.
Cervejas artesanais são produzidas em quase todas as cidades médias e acima, pode até ser moda, não dá para saber se vai perdurar.
Cabanha é para gerar genética, carnes nobres é noutro ponto da cadeia.
Pesagem da produção de peixes é meio suspeita, mas Fabiano já fala em subsidiar a produção criando um mercado nas escolas municipais. Se tivesse lido alguma coisa sobre o assunto descobriria que a atividade consome insumos de fora da cidade, cal, adubo, rações, etc. Uma coisa é gerar renda, outra é fazer o dinheiro que já está aqui circular.
Pequenos e médios empreendedores já têm os “SIMPLES” da vida, melhor do que isto não é possível. Até os advogados já viraram pejotinhas.
Bisogno defende que a função de Santa Maria é manter viva uma estatal com sede em POA. Os 60 milhões a que se refere são financiamentos pagos com a tarifa mais cara cobrada aqui. Todo mundo sabe que a CORSAN tira mais dinheiro da cidade do que coloca.
Valdeci acha que ter professores universitários no governo é vantagem. Guido Mantega e Nelson Barbosa eram professores universitários.