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Tem início a Campanha Nacional dos Bancários 2016 – por Maiquel Rosauro

A Campanha Nacional dos Bancários 2016 começou ontem com a entrega da minuta de reivindicações da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em 18 de agosto, irá ocorrer a primeira rodada de negociação com os banqueiros.

Não estranhe se você não ler nada a respeito do assunto na grande mídia. Geralmente, a Campanha Nacional só passa a receber destaque quando as negociações emperram e os bancários aprovam a greve.

Este ano, a categoria reivindica reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização. Além da defesa do emprego, das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo interino de Michel Temer.

A Consulta Nacional 2016, realizada com a categoria bancária, para construção da pauta de reivindicações, demonstrou, que entre os mais de 40 mil trabalhadores que responderam à pesquisa, 76% são contrários à reforma da Previdência Social e 85% não querem a redução de direitos da CLT, conforme está sendo proposto pelo governo Temer. Ou seja, tudo indica que devem sobrar críticas ao governo interino.

A Campanha Nacional também terá como foco a defesa do emprego. Entre janeiro e maio deste ano, o setor bancário fechou quase 6 mil postos de trabalho. Além da rotatividade, os bancos também seguem contratando o trabalhador com salário em média 45% menor.

Todavia, o que mais chama atenção é a atividade lucrativa das instituições financeiras. Não existe crise para o setor. O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,131 bilhões.

Dos 25 setores com empresas de capital aberto avaliados pela Consultoria Economática, o setor bancário foi o de maior lucratividade no primeiro trimestre deste ano. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 6,2% atingindo o valor de R$ 26,582 bilhões. Um número absurdo para um país mergulhado na crise.

 

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