CAMPANHA. Aumenta (pouco) o troco recebido pelos candidatos. Em bem maior proporção, despesa cresce
O Tribunal Superior Eleitoral anuncia para esta quinta-feira a divulgação, no seu portal, da prestação de contas parcial dos candidatos em todo o País. Já na noite desta quarta, porém, o editor, ao consultar a PÁGINA do TSE, obteve os dados que referem às candidaturas majoritárias de Santa Maria. Se houver alguma improvável modificação, será noticiada também nesta quinta.
Dos dados disponíveis, e que podem ser comparados com nota publicada há exatamente uma semana (AQUI), há algumas diferenças importantes, como você poderá cotejar, se quiser. Em relação aos números, obtidos perto das 9 desta noite, alguns destaques – sempre lembrando que, agora, os candidatos têm a obrigação apenas de fazer sua prestação de contas final, até 30 dias após o pleito.
Alcir Martins (PSOL) e Paulo Weller (PSTU) são os que menos troco arrecadaram. Fabiano Pereira (PSB) é o que mais gastou, aliás muito mais do que os demais; enquanto Jorge Pozzobom (PSDB) foi o que mais arrecadou, embora não muito mais que o próprio Fabiano.
Dois candidatos, Valdeci Oliveira (PT) e de novo Fabiano, relataram despesas superiores ao que arrecadaram, o que indica, em tese, que estão se endividando, apostando em troco a ser recebido posteriormente. Um, o socialista, bem mais que o petista, diga-se.
A seguir, em ordem alfabética, um resumo da prestação de contas de cada candidato à Prefeitura, com o que você poderá ter uma ideia mais precisa do que está acontecendo com as finanças eleitorais:
ALCIR MARTINS (PSOL). O candidato psolista arrecadou apenas R$ 120, proveniente de doador único, Alexandre Spanevello Pergher. Não declarou despesas.
FABIANO PEREIRA (PSB). Em relação ao levantamento anterior, apresentou leve aumento na arrecadação, que alcançou R$ 53.304. O maior doador segue sendo o próprio PSB, líder da coligação que tem também o PMDB e outras agremiações. Foram R$ 45.904. O restante provém de doadores individuais, como Adalberto Stein (R$ 4.900) e Osvaldo Nascimento (R$ 2,5 mil).
A novidade, em relação aos números anteriores, é um superacréscimo nas despesas. Subiu dos R$ 2,5 mil para locação de imóveis, para nada menos que 263.643. Desse total, longe, a maior parte, R$ 225 mil, é destinada à produção dos programas de rádio e TV. Impressos, inclusive propaganda (R$ 22 mil), serviços de terceiros (R$ 10 mil), militância e mobilização de rua (R$ 8,350 mil), também estão na conta.
JADER MARETOLI (SD). Arrecadou R$ 3.330. Deles, R$ 2,5 mil são recursos próprios e a outra doação significativa é de R$ 800 (de William Rodrigues Mendonca). Declarou despesas totais de R$ 1.010, relativas à produção dos programas de rádio, TV e video, e de vinhetas, jingles e slogans.
JORGE POZZOBOM (PSDB). Declarou uma arrecadação total de R$ 66,5 mil. A maior parte, como já se via anteriormente, vem dos partidos que sustentam a coligação. PSDB contribui com R$ 26 mil e PP com R$ 20 mil. Há também, de significativo, o aporte do próprio candidato, de R$ 13 mil.
Em contrapartida, o candidato tucano aponta uma despesa de R$ 55,1 mil. A produção de programas de rádio, TV e video responde pela maior parte, R$ 26 mil. Mas há também despesas importantes em publicidade por materiais impressos (R$ 10,8 mil) e adesivos (R$ 9,750)
MARCELO BISOGNO (PDT). Houve ligeiro acréscimo em relação aos numerous anteriores. A arrecadação, totalmente de recursos do próprio candidato, é de R$ 7.770, gastos totalmente, conforme a declaração, em produção de adesivos e materiais impressos.
PAULO WELLER (PSTU). Da declaração zerada de antes para arrecadação de R$ 1.050, do próprio candidato. Não há despesas relatadas.
VALDECI OLIVEIRA (PT). Ainda que esteja em terceiro lugar na arrecadação de recursos, é um dos candidatos que declarou despesas superiores. Recebeu R$ 32 mil. Os três maiores doadores são ele próprio e Raphael Schlaem, com R$ 5mil cada, e Glaucia Oliveira Ribas, R$ 3 mil. A despesa relatada ao TSE, porém, é superior ao recebido: R$ 47,4 mil. A maior parte gasta com impressos (R$ 26,4 mil) e carros de som (R$ 7.440).
WERNER REMPEL (PPL). Apresentou um acréscimo na arrecadação, que alcançou R$ 18 mil. Esse aumento é decorrente da doação do vice, Coronel Crisóstomo (R$ 3 mil). O restante é recurso próprio de Rempel. A despesa relatada, até aqui, é de R$ 2,9 mil – gasta em publicidade por jornais e revistas, produção de jingles, vinheteas e slogans e em combustível e lubrificantes.
Tem candidato prometendo que “até os alvarás dos bombeiros sairão mais rápido”. Se for mentira, tem todo jeito de ser, depende da corporação, é mentira. Se for verdade podem querer criar um “atalho”, o que também é problema.