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Candidatos não abordam “temas tabus” – por Carlos Costabeber

selo eleiçõesFoi tão grande a repercussão do último artigo (“De onde sairá o dinheiro?” – AQUI), que resolvi aprofundar esse assunto que tanto interessa para o futuro de Santa Maria. Assim, levantei alguns “temas tabus”, que não têm recebido a devida atenção dos candidatos.

1º. CORSAN: Pauta constante no Governo Schirmer, mas que chega ao final sem nenhuma definição: renova ou não a concessão. É muito, mas muito dinheiro que vai para Porto Alegre. Claro que seria um erro criar uma empresa pública! A Prefeitura deveria, sim, assumir o controle do serviço de água e esgoto, e licitar a prestação de serviços específicos (um bom exemplo é o Fundo de Iluminação Pública). O Plano Municipal de Saneamento aprovado pela Câmara (e que custou uma grana),  até hoje não saiu do papel. Por que os candidatos não se posicionam? Poderia aumentar substancialmente o Orçamento da cidade;

2º. TRANSPORTE PÚBLICO: O TCE tem pressionado a Prefeitura, pois a idade média da frota é superior ao previsto em lei. O Prefeito garantiu que ainda em 2016 a empresa vencedora da licitação estaria operando. Ledo engano! Então, por que os candidatos não se posicionam nesse assunto? O que eles querem no Termo de Referência? Quando será feita a nova (e tão demorada) licitação ?

3º. ENSINO MUNICIPAL: Além  dos professores, os candidatos deveriam se preocupar muito com a qualidade do ensino. As escolas municipais, com seus 20.000 alunos, precisam alcançar um índice no IDEB acima da média atual (5.4), e próximo das escolas particulares. Um baita exemplo está aqui mesmo: os dois colégios militares são referência;

4º. LIXO: Os novos contêineres estão bonitos, mas nenhum candidato fala do “lixo reciclável”. Santa Maria perde muito dinheiro e empregos, por não ter uma politica consistente e de longo prazo. Os catadores vivem na miséria, quando poderiam trabalhar com carteira assinada numa empresa ou cooperativa (como a que funciona em Caxias do Sul),  que coletaria e processaria o lixo reciclável, dando grande retorno à Prefeitura, e um exemplo de controle ambiental; e,

5o. PLANEJAMENTO: O Instituto de Planejamento Municipal (IPLAN), nunca foi valorizado. Não se fala em planejar a Santa Maria do futuro! Como fazê-lo sem um banco de dados municipais? Que candidatos se proporão a equipar o IPLAN com profissionais adequados e na quantidade necessária? Ninguém sabe como será a Santa Maria daqui a 10, 20 ou 30 anos. Serão mais quatro anos sem planejamento ?

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