ELEIÇÕES. Candidatos reelaboram estratégias por conta da ida de Schirmer para a pasta da Segurança
No início da tarde de sexta-feira, ainda antes do anúncio oficial da indicação de Cezar Schirmer à secretaria estadual de Segurança Pública e a, em função disso, necessária renúncia à Prefeitura de Santa Maria, um importante dirigente partidário da cidade telefonou ao editor.
O objetivo: saber mais detalhes da história (que ninguém tinha e há quem acredite nem ter, até agora) e conjecturar. De saldo, a opinião, misturada com informação, emitida pela liderança de uma das grandes alianças a disputar a eleição, em meio a sorrisos: “os candidatos devem suspender a campanha, para analisar e, se for o caso, ver (e rever) estratégias com o objetivo de capitalizar a novidade”.
Imagina o editor que alguma coisa deve mudar. Tem certeza o editor: sim, partidos, candidatos e estrategistas das principais candidaturas se reuniram, e mais de uma vez, para tratar do assunto. Especialmente para saber em que impacta a situação à candidatura de Fabiano Pereira e Magali Marques da Rocha, que representam o governo e Schirmer e Farret. Bueno, a partir daí tudo são teses. Que podem ou não se confirmar. Seguem algumas delas, colhidas pelo site entre o sábado e o domingo:
1) A candidatura governista, que tem (ou tinha?) Schirmer como coordenador do Conselho Político (junto com o agora prefeito José Haidar Farret) perde um aliado capaz de oferecer importante contribuição. De outra parte, ganha com a ausência de alguém que, pelo menos num grupo significativo de eleitores, sofre rejeição.
2) Os demais concorrentes, sobretudo os mais competitivos, tendem a buscar a vinculação do candidato do governo com Schirmer e as vicissitudes da segurança pública. Calculam que não há indícios de melhora do quadro em um mês. E qualquer medida “de urgência”, no melhor dos quadros para Fabiano e Magali, teria influência nula, pois é impossível oferecer números esperançosos em tão curto prazo.
3) Os representantes do governo na eleição ganham argumento adicional ao seu repertório. Com o risco, até agora não corrido, de vincular diretamente a chapa ao Palácio Piratini e ao Palacete da SUCV, têm a acrescentar que, para suas propostas, contam com a importante adesão de um quadro importante do Governo do Estado. E numa área em que apostam muitas de suas fichas eleitorais.
4) Além disso, pelo menos nessas 48 horas decorridas desde o anúncio e às vésperas da renúncia oficial, poucos quiseram ir. Vão esperar. Quanto? O necessário, disse ao editor outro líder partidário, no início da noite deste domingo.
Pois é…
Guardadas as devidas proporções, essa ida do Schirmer para a Sec de Segurança seria uma obstrução de justiça ,semelhante ao Lula,que quase foi para uma secretaria de governo para escapar de processos vindouros…
Municípios têm muito pouco ou quase nada a influir na área de segurança. É pura marketagem de campanha.
Todo o resto do texto faz referência a politicagem estéril, nada relacionado aos problemas da cidade. Discutem maneiras de influir na percepção do eleitorado, só. Depois as coisas se resolvem no maravilhoso mundo do marketing.
Em tempo: a campanha “Santa Maria do Bem” do Schirmer diminuiu as pixações?