Pokémon, literalmente Go… – por Luciana Manica
Desde o lançamento no Brasil do game Pokémon Go fala-se em realidade aumentada. Coloca-se em questão o mundo real e o virtual. Questiona-se se de fato configura uma realidade aumentada ou se é simplesmente um entretenimento baseado em localização. Tudo que é novidade gera polêmica, e com o Pokémon Go não foi diferente.
Mas o que seria uma realidade aumentada? É uma inserção de uma imagem virtual na imagem real. Resumidamente, para quem não baixou o aplicativo como eu (e sequer pretendo, com o devido respeito aos admiradores do novo game), você acaba tentando capturar monstrinhos que passam a ser visualizados através da lente da câmera do seu celular, em locais públicos.
Para a felicidade de alguns (como eu), parece que a febre do Pokémon Go se foi… Sinceramente, as pessoas já não tinham mais vida social “face to face”; ao invés de conversar, passaram a digitar; e da digitação, criaram termos monossilábicos, reduzindo a escrita a “bj”, “vlw”, “flw”, “blz”. Então, se antes as pessoas não se falavam, agora sequer sabem escrever.
E não para por aí! Se as rodas de chimarrão em Porto Alegre, no Parque da Redenção, Encol, Parcão, etc, ficaram escassas, imagino no campus da UFSM! Agora a moda é caçar Pokemón! As pessoas se batem atrás das bichanas virtuais; umas foram assaltadas, pois estão com seus celulares totalmente à mostra; outras perderam a vida atropeladas ou entrando num rio, o que é mais grave.
Espera-se que alguma coisa boa há de ficar disso tudo. Primeiro, porque não se trata de uma novidade em si, mas sim, através do Pokémon houve acessibilidade da tecnologia por meio de download. A realidade aumentada já era aplicada na medicina, o que permitia um cirurgião chegar virtualmente no tumor ao usar um capacete. Uma fabricante de aviões utilizava essa técnica para que os engenheiros pudessem observar informações projetadas sobre as peças durante procedimentos de manutenção de suas aeronaves.
Essa mesma sacada vem sendo usada pela Coca-Cola e L´Oreal, as quais passaram a fazer treinamentos de funcionários sem precisar colocar produtos fisicamente nas prateleiras. Imobiliárias passarão a ofertar os imóveis com todos os aparatos dentro, método este muito prático e seguro!
Ainda, poderá o mercado explorar essa acessibilidade com os jogadores apaixonados, contratando diversos monstrinhos para dentro dos seus estabelecimentos! Ou simplesmente criando softwares que fazem uso da realidade aumentada para trazer mais segurança aos usuários, seja na área da medicina, seja na área da indústria ou prestação de serviços.
Não podemos negar que o game Pokémon trouxe uma nova realidade, mas também, temos que ser exigentes e mais inovadores para aplicar essa criação em outros ramos jamais pensados. Então, deixemos que o Pokémon “Go” (vá), e brindemos com as novas possibilidades de realidades aumentadas; a estas, “Come on”! (venham!).
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