Quanto nos custa a Câmara de Vereadores? – por Carlos Costabeber
Estamos às vésperas da eleição municipal, e nada mais justo e oportuno do que discutir o quanto custa para os contribuintes de Santa Maria, a Câmara de Vereadores. Nos próximos dias estaremos escolhendo os 21 representantes no Legislativo Municipal, e esse é o melhor momento de se questionar o custo-beneficio para a nossa sociedade.
O Orçamento da Câmara para 2016 é de nada menos do que R$ 20.720.000,00. Ou seja: cada vereador está nos custando R$ 1.000.000,00 de reais/ano, sendo que cada um ganha um salário mensal na ordem de $ 10.000,00. Puxa vida !
Até acho que não se conseguiria reduzir salários dos edis. Mas reduzir o custo daquela grande estrutura é bem possível. Basta a sociedade se conscientizar de que o seu custo é muito, muito alt ! A prova disso é o trabalho que o atual Presidente Luiz Carlos Fort está fazendo para reduzir as despesas de custeio da Casa. Graças a sua visão de empresário, está conseguindo uma bela economia de dinheiro público, que será devolvido ao Executivo no final desse exercício.
Sabemos que o orçamento da cidade para 2017 sofrerá uma boa redução na arrecadação. Sabemos que as empresas estão “fazendo das tripas coração” para sobreviver; que as pessoas estão perdendo o emprego, e que o grau de endividamento das famílias é crescente. Então, por que a Câmara de Vereadores não pode também “apertar o cinto” ? Está na hora de lutarmos para que o percentual repassado para a Câmara não ultrapasse os 2% do orçamento municipal.
Senão vejam: segundo o Portal da Transparência da própria Câmara, são 21 vereadores, 128 CCs e 45 servidores efetivos. No total, 194, dando quase 10 funcionários por vereador. Vocês não acham que é abusivo esse número de CCs ? E não é só o salário em si; junto vêm os benefícios sociais, encargos, cafezinho, ar condicionado, computadores, papel às toneladas, vale transporte, etc. etc..
O Brasil precisa urgentemente de um choque de gestão em todas as áreas da atividade pública. O grau de desperdício, incompetência e corrupção chegou a um nível insuportável para nossa sociedade. Pagamos um preço muito alto pelo descaso, amadorismo e baixo retorno em termos de serviços públicos.
Um bom exemplo de gestão está sendo dado pelo Comandante da Aeronáutica, o Brigadeiro Nivaldo Rossato (santa-mariense adotivo), que com coragem e determinação, está “reinventando” a Força Aérea. Vejam a conclusão de seu depoimento à Folha de SP na última 6ª. feira: “O principio da mudança na Força Aérea é a redução total das despesas de atividades-meio e a (consequente) ampliação do limite de despesas para custeio, investimento e atividades-fim”. Essa é a atitude que deve ser seguida em todas as instâncias da função pública (inclusive empresarial). Precisamos de gestores profissionais, experientes, sérios e com forte sentimento de brasilidade.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que ilustra esta nota é de Divulgação (Câmara de Vereadores).
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