TRABALHO. Policiais civis param em todo Rio Grande
Por MAIQUEL ROSAURO, com foto de Divulgação, no jornal A RAZÃO
Servidores da Polícia Civil paralisaram as atividades nesta quinta-feira em todo o Estado. O protesto é referente ao parcelamento dos salários do funcionalismo público estadual. Ontem, servidores vinculados ao Executivo receberam R$ 800.
Em Santa Maria, dezenas de policiais civis estão reunidos em frente à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), na Rua dos Andradas. Conforme o diretor da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores (UGEIRM), Leonardo Trevisan, a paralisação teve início às 6h e segue até 21h desta quinta.
“É uma paralisação de 15 horas, em referência ao número do partido do governador. Neste período, apenas ocorrências graves serão registradas na DPPA”, argumenta.
Após o protesto desta quinta, o efetivo da Polícia Civil promete realizar operação-padrão até a integralização dos salários.
“Apenas crimes graves e flagrantes irão mobilizar a Polícia Civil. Mandados não serão cumpridos e investigações não serão realizadas até a quitação dos salários”, explica Trevisan.
Servidores da Susepe iniciam operação-padrão
Os servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), também atingidos pelo parcelamento, iniciaram hoje a operação-padrão. A restrição de serviço terá efeitos na próxima semana.
“A partir de segunda-feira, iremos diminuir as escoltas para audiências. Além disso, a quantidade de visitantes para os presos cairá de dois para um”, afirma o diretor da Associação dos Monitores e Agentes Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs), Fernando de Castro Frey.
Associação de delegados orienta a não participação em desfiles
Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) divulgou uma nota oficial, ontem, com orientações sobre a paralisação desta quinta. O documento determina a divulgação dos problemas enfrentados na segurança pública e a não participação de delegados nos desfiles de 7 e 20 de setembro.
A orientação de não participar do desfile ocorre devido à “incoerência de dispender os já insuficientes recursos materiais e humanos com que contam os órgãos da Polícia Civil atualmente”.
O documento também orienta a “suspensão das operações policiais, não apenas até a integralização do subsídio referente ao mês de agosto, mas até que o governo do Estado solucione a falta de vagas nos presídios, motivadora da manutenção ilegal de presos em delegacias de polícia, o que coloca em risco a vida dos policiais, dos presos de população”.
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