CampanhaEleições 2016

CAMPANHA. Na última semana, candidatos a prefeito distribuem pelas ruas os seus “exércitos” de militantes

Eles fazem caminhadas, bandeiraço, adesivaço, entregam panfletos e divulgam a chapa. São os cabos eleitorais de Pozzobom e Valdeci
Eles fazem caminhadas, bandeiraço, adesivaço, entregam panfletos e divulgam a chapa. São os cabos eleitorais de Pozzobom e Valdeci

Por JOYCE NORONHA (texto) e GABRIEL HAESBAERT (fotos), no jornal A Razão

Os concorrentes à Prefeitura são a principal imagem da campanha eleitoral, sejam os cabeças de chapa ou os vices, e, por mais que trabalhem na divulgação de suas candidaturas, eles não são o “Exército de um homem só”. Um grande grupo de pessoas está envolvido no trabalho de divulgação das propostas dos prefeituráveis: os cabos eleitorais. Estas pessoas podem ser militantes partidárias, que trabalham gratuitamente, ou serem contratadas para fazer o serviço de propaganda.

De acordo com o coordenador de mobilização da campanha de Valdeci Oliveira (PT), Fábio de Oliveira, 36 anos, em média 100 pessoas estão contratadas para participar das atividades de divulgação. Ele explica que os cabos eleitorais participam de reuniões diárias para discutirem técnicas de abordagem e também para conhecimento da agenda da semana.

Fábio pontua que entre as atividades dos cabos estão panfletagem, bandeiraço, adesivagem de carros e casas, além de abordagem de eleitores. Valores não são revelados para a imprensa, mas o coordenador conta que o pagamento é quinzenal e os contratados recebem por hora trabalhada. A rotina de trabalho dos cabos eleitorais é de segunda a segunda.

A coordenadora de caminhadas da campanha de Jorge Pozzobom (PSDB), Adriana Cheiram, relata que os cabos eleitorais visitam em média três localidades do município por dia. Ela explica que os cabos eleitorais são divididos em equipes para abranger maior área da cidade diariamente.

Segundo Adriana, são de 30 a 40 contratados para a divulgação do candidato. O pagamento é feito semanalmente e os cabos eleitorais trabalham pela manhã e à tarde, de segunda a segunda. As demais pessoas que atuam no serviço são apoiadores partidários.

Assim como os cabos eleitorais de Valdeci, as pessoas que trabalham na campanha de Pozzobom também participam de bandeiraços, abordagem de eleitores, adesivaços, panfletagem.

De porta em porta

Uma equipe do jornal A Razão acompanhou as atividades dos cabos eleitorais de Valdeci e Pozzobom fora do Centro de Santa Maria, na tarde de quinta-feira. Além de baterem de porta em porta para conversar com os eleitores, os cabos eleitorais pediam permissão para colocar placas nas grades, muros e até mesmo nas casas. Adesivos também foram colados em automóveis e residências.

Uma grande surpresa para a reportagem foram os moradores que, mesmo tendo na fachada de casa material de propaganda de um candidato, atenderam os representantes do outro postulante e aceitaram panfletos, adesivos e bandeiras.

Na caminhada de Valdeci, na Vila Schirmer, os cabos eleitorais saíram de um local e se revezaram entre as ruas da localidade. Já na caminha de Pozzobom, os representantes percorreram todas as ruas do Bairro Itararé.

Porém, não foram apenas apoiadores e contratados que participaram das caminhadas na quinta-feira, os candidatos estavam em meio de seus cabos eleitorais, visitando os moradores da cidade. Na comitiva de Valdeci, também estavam os mais recentes apoiadores, como Jader Maretoli (SD), Nicão (PDT), Leitão Farias (ex-PPL) e outros.

O trabalho pela visão dos cabos eleitorais…

…De Valdeci Oliveira

“Trabalho na campanha desde o primeiro turno e gosto bastante. Tem uma van que busca o pessoal num local todos os dias e depois fazemos uma reunião na casa do coordenador regional. Ele nos passa as informações que precisamos para o dia. Depois vamos para a rua trabalhar. Nós explicamos as propostas do candidato para as pessoas. Já aconteceu de moradores não quererem conversar com a gente, mas daí respeitamos”, Gustavo Marafiga, 18 anos.

“Como contratada comecei a trabalhar agora, no segundo turno. Mas na verdade eu apoio o Valdeci desde que tinha 12 anos, quando ele concorreu com o Pimenta para Prefeitura. Quando vou conversar com as pessoas além de falar o que nos indicam, das propostas deles, eu digo o que conheço deles, do Valdeci e da Helen. Acho que é mais fácil para as pessoas entenderem quem são os candidatos”, Suellen Medeiros, 30 anos.

…De Jorge Pozzobom

“Sou apoiador do Pozzobom, mas aqui trabalho como contratado. Com o pessoal aqui a gente só se preocupa em trabalhar, eles nos dão transporte até é preciso, ganhamos as refeições também, e uma camiseta verde, que é o uniforme. Daí a gente vai falar com as pessoas, mas tem que ser educado, sabe? Chegar dizendo ‘boa tarde’, ‘bom dia’ e falar sobre o candidato e entregar o material. É bem tranquilo”, Marcelo Menezes, 27 anos.

“Trabalho na campanha desde o primeiro turno. Temos o transporte, que tem uma rota definida e passa pegar a gente, pelas 8h todas as manhãs. O nosso coordenador passa as diretrizes e daí vamos para a rua entregar material do candidato. Às vezes a gente encontra pessoas que não querem conversar com a gente. É a liberdade das pessoas, estamos sujeito a isso. Ruim é quando aparece gente mal educada, mas a gente lida bem”, Airton Morales, 42 anos.

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