CAMPANHA. Pozzobom trata da criação de fundo de R$ 440 milhões da Corsan na cidade de Santa Maria
Por RAMIRO GUIMARÃES (texto) e THIAGO BUZATTO (foto), da Assessoria de Imprensa da Coligação
Em reunião com o diretor-presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Flávio Ferreira Presser, Jorge Pozzobom, candidato à Prefeitura de Santa Maria pela Coligação AGORA É A VEZ DA MUDANÇA – PSDB, PP, DEM, PR e PROS, tratou sobre a renovação de contrato entre a Prefeitura de Santa Maria e a estatal. De posse da minuta de propostas para a renovação até o final do ano, Pozzobom garantiu ao presidente que, se for eleito, irá manter a Corsan operando.
“Eu vou ser um prefeito que tem responsabilidade com Santa Maria. Renovar o contrato significa não perder R$ 150 milhões em investimentos. Renovar significa não ter que pagar uma indenização de mais de R$ 500 milhões para a Corsan”, destacou o candidato.
Jorge Pozzobom afirmou ainda que, na negociação com a Corsan, quer incluir no Fundo de Gestão Compartilhada, que foi criado prevendo investimentos de R$ 440 milhões ao longo de 30 anos para atender ao Plano Municipal de Saneamento Básico, um fundo específico com recursos destinados para obras de infraestrutura na cidade com ênfase na recuperação da pavimentação asfáltica.
Agora o outro lado dessa história.
Pozzobom, parabéns! Por quê? Sabendo nós, inclusive você, do natural sentimento que passa nas cabecinhas dos santa-marienses em relação à simpatia com o arcaico discurso da valorização da “propriedade popular” de tudo, que no caso é mais ou menos isto: “a CORSAN é nossa”, “a água é pública”, etc, … você saiu na frente e deixou o Valdeci comendo poeira. Para quem quer ganhar a eleição, você foi ágil e eficiente. Parabéns de novo. O Valdeci tem uma ideologia “burocrática”, as coisas andam mais lentas para ele.
Só que, voltando ao meu comentário anterior, é uma pena, porque medidas eficientes de gestão geralmente não são populares. Porque precisamos ter peito para renovar, para fazer diferente. Você fala em renovação e vai fazer o mesmo que o Valdeci faria, ou seja, não vai renovar.
Se tanto você como o Valdeci vão por esse mesmo caminho, não será o melhor para Santa Maria. Se a CORSAN ficou tanto tempo e se concluiu que não foi bom para Santa Maria, não será boa a continuidade dela.
A eficiência e o planejamento dos próximos 20 anos não só dependem de grana (aliás a CORSAN de Santa Maria nunca teve como gerar caixa autossuficiente porque as tarifas são populares para todos, até para quem pode pagar um valor mais acertado), mas também dependem de outros fatores que são sempre complicados: a gestão da CORSAN tem sempre fundo político (o partido da hora no governo estadual é quem manda nela), e aí sempre vão investir mais nas cidades que darão retorno em votos para o partido do gestor; há as limitações técnicas decorrentes de funcionários públicos que trabalham ali, sem renovação do corpo funcional, sem conseguir, por isso, acompanhar e promover a mudança tecnológica e científica dos processos; as tarifas continuarão bisonhas. Cadê o planejamento que gera as obrigações contratuais que antecedem o aperto de mãos? Nem isso.
Ou seja, será mais do mesmo conhecido, que já não funcionava e não terá dinâmica operacional e de gestão à altura para os novos tempos, uma renovação real. É uma pena.
Boa, vamos continuar pagando pelas cidades menores, classe média pra baixa sempre se ferrando.
Confesso que sou um bocó. Mas não precisa avacalhar.
– 440 milhões em 30 anos são pouco menos de 15 milhões por ano. A empresa tira da cidade 50 milhões por ano conforme a imprensa.
– Politico quando vai atochar, principalmente com números, ao menos tem que tomar o cuidado de usar sempre os mesmos. A indenização era de 375 milhões! Basta olhar o vídeo a partir de quatro minutos e trinta segundos.
https://www.youtube.com/watch?v=lyF-DrrkKHU
Olhem a cara de trochão.
Esse não entende NADA mesmo, já foi lá na Corsan fechar negocio só para ganhar votos, PESSIMO administrador, se for assim tenho pena de santa maria em 4 LONGOS anos.
Decepcionante. Li uma notícia de uma negociação que é a cara ideológica do PT. Você não se enganou, Claudemir?
Justificativas simplórias. Poderia simplesmente colocar como cláusula na licitação que a vencedora arcasse com o patrimônio e o investimento. 150 milhões para empresas desse porte são migalhas. E o resultado da mudança? Um ano de iniciativa privada faria muito mais que a CORSAN em 15 anos.