É política, sim. Valdeci se divide entre colorados e periquitos, para ficar bem com os dois

Em primeiro lugar, ele é um desportista. Joga (ou faz de conta) futebol todos os finais de semana possíveis. Em segundo lugar, o fato. Que não é crime. Ao contrário, é da política. E assim deve ser entendido.

 

Do que estou escrevendo? Simples, o prefeito Valdeci Oliveira, convidado, aceitou e foi à Câmara de Vereadores ontem, onde assistiu ao lançamento do plano de marketing do Riograndense, que quer voltar à primeira divisão do futebol gaúcho, de onde está afastado desde o fim da década de 70. Tendo, no meio do caminho, passado duas décadas longe do futebol.

 

E agora há pouco, também convidado, participou do início de temporada do Internacional, no Estádio Presidente Vargas. Foi prestigiar, inclusive, o seu quase ex-secretário de esportes, Carlos Rempel, que é o Diretor de Futebol do colorado.

 

Ontem, na solenidade periquita, Valdeci destacou o fato de torcer pelo clube desde a juventude, em São José da Porteirinha, tendo jogado vários anos pelo “Riograndense” de lá. E mais: virou “de carteirinha” ao ver os treinos do time, quando servia ao exército na unidade de comunicações, que fica bem ao lado do Estádio dos Eucaliptos.

 

Hoje, embora não tenha se declarado colorado (Valdeci é incapaz de uma mentirinha destas, inclusive porque não colaria), mostrou o desejo de, ao final do ano, ver o Inter-SM de volta ao primeiro plano do futebol do Rio Grande do Sul.

 

Resumindo: ao mesmo tempo em que é um desportista reconhecido, Valdeci aproveitou as duas solenidades para, justificadamente, ficar de bem com a galera. Como disse lá no início, o fato não é crime. Ao contrário, é da política.

 

E, de mais a mais, melhor um prefeito presente, do que ausente. Ou não?