ECONOMIA. Carlos Costabeber e a importância do troco vindo do campo, para o futuro de Santa Maria
“…A situação ainda está longe do ideal, porque a infraestrutura do país está sucateada, encarecendo o preço final dos produtos que chegam aos portos de embarque. Caso contrário, a produção de grãos e carnes seria imbatível na competição mundial. Mesmo assim, já somos um dos principais celeiros do mundo.
Mas o que Santa Maria tem a ver com isso: (1) estamos geograficamente no centro da produção primária do Estado; (2) graças a BR-158, ligando a cidade a Rosário do Sul, ficamos mais próximos das cidades da Região da Campanha; (3) as universidades, notadamente…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Santa Maria atrai $ do campo”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução da internet.
Pessoas ligadas ao PT (inclusive empresários) quando arguídos a respeito da desinsdustrialização do país respondiam que o agronegócio era o futuro e que o Brasil iria alimentar o mundo. Deu no que deu.
Violência não é assunto do prefeito, se o futuro mandatário quiser atuar na área não vai resolver o problema e vai deixar de corrigir o funcionamento da saúde e educação (que são obrigação do prefeito).
Há quem fale em “secretaria da segurança pública municipal” (até já existem candidatos a secretário na polícia, é o que dizem as más línguas). Bueno, o menor orçamento de secretaria é a de desenvolvimento institucional, 350 mil por ano. Não vai resolver o problema, assim como o gabinete de gestão integrada (que tem a mesma função) não resolveu. Diferença? Parte da grana vai parar nos cofres de um partido via “doações voluntárias” previstas em estatuto. Para financiar a agremiação política são necessários cabides e aspones.
E o pessoal do Mato Grosso? Óbvio que não virão muitos pelo simples motivo de não existir um estoque infinito de terras a serem exploradas no estado.
Por isto a cidade está parada há uns bons 30 anos. Esta mentalidade “oba-oba-salve-salve-duplarional-rumo-a-Tóquio”.
Santa Maria está no centro do estado, mas está no começo da metade sul. Qualquer piá no primeiro ano do curso de economia sabe o que isto significa.
A BR-158 tem como maior benefício ligar Santa Maria a Rivera. Claro que existem outras vantagens, os agroempresários vêm para a cosmopolita metrópole trocar de carro e fazer compras.
As universidades ainda atraem jovens, porém existe um negócio chamado curva demográfica. E outro chamado excesso de oferta. A UFSM abriu um câmpus em Cachoeira (além dos que já existiam). Pessoal do comércio e da construção civil “chiaram” quando a nova “filial” foi anunciada, da mesma maneira o fizeram quando foi anunciado o fim do vestibular. Mais, com o aumento da oferta no ensino superior, inclusive com compra de vagas, fica mais barato mandar os jovens numa faculadade próxima do que mantê-los na aldeia sem superivisão.
Shopping só existe um por enquanto. Restaurantes até que estão na idéia para o tamanho da cidade. Area verde como o Campus da UFSM é piada, basta aumentarem os problemas e algum reitor pode simplesmente negar acesso ao público, não existe obrigação de deixar aberto. Como é que fica?
Ligação aérea com a Capital (e de lá para o centro do país) é precária.
Oferta de imóveis nunca foi tão grande. Projetos na construção civil duram de dois até três anos em média. Quem tinha começado em 2014 (mais ou menos) está terminando o empreendimento no meio de uma crise com crédito encolhendo e desemprego aumentando. Não é à toa que caminhando pela cidade enxerga-se vários prédios nos “acabamentos” e muitas placas de “vende-se” e “aluga-se”.
Porto Alegre da última vez que verifiquei tinha um aeroporto internacional, logo a distância rodoviária ficou “boiando” no texto. Se era referência a distância dentro da cidade, bueno, eles inclusive têm deslocamentos via fluvial. O trânsito da aldeia nas horas de pico não é fácil tampouco. Ea violência está crescendo.