CampoInfânciaSanta Maria

EVENTO. Crianças de assentamentos de todo o RS participam aqui do ‘18º Encontro do Sem Terrinha’

Mais de 500 crianças provenientes de assentamentos de todo o Rio Grande do Sul participam do evento, que vai até amanhã, na cidade
Mais de 500 crianças provenientes de assentamentos de todo o Rio Grande do Sul participam do evento, que vai até amanhã, na cidade

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Evento

O 18º Encontro Estadual do Sem Terrinha teve início nessa segunda-feira (11), em Santa Maria. O evento é realizado no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter com a presença de mais de 500 crianças, entre 6 e 12 anos, provenientes de assentamentos de todas as regiões do Rio Grande do Sul.

Os pequenos foram recepcionados pela irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança.

“O Projeto Esperança/Cooesperança é também um movimento social que luta pela organização social. Esperamos de Santa Maria o apoio integral para esta agenda tão importante. Muitas pessoas têm preconceito com o MST, mas sequer conhecem os seus princípios”, afirma a religiosa.

O evento tem como lema “Alimentação Saudável: um direito de todos”. Durante o encontro são realizadas oficinas, apresentações artísticas e debates com a garotada sobre temas como agroecologia e soberania alimentar.

Escolas itinerantes
O esfacelamento das escolas no campo é uma das preocupações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“É um direito da criança ter acesso à escolaridade. Em 2009, o governo do Estado fechou todas as escolas itinerantes do Movimento”, destaca a coordenadora de Educação do MST, Juliane Soares Ribeiro.

Mostra
No final da tarde de segunda, foi realizada a Mostra da Jornada de Alimentação, no qual foram apresentados os alimentos produzidos nos assentamentos de forma orgânica e agroecológica. Produtos de padarias e trabalhos realizados com maquetes também fizeram parte da mostra, assim como um estande sobre os malefícios dos agrotóxicos.

Marcha
Nesta terça (11), a partir das 9h, acontece uma marcha do Centro de Referência de Economia Solidária até o Ministério Público Federal. O objetivo é reivindicar o aumento do recurso destinado à merenda escolar. Hoje, o valor repassado pela União é de R$ 0,30 ao dia por criança. Durante a marcha, também serão realizadas doações de alimentos ao Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC) e para indígenas e catadores.

Dia da Criança
O Encontro dos Sem Terrinhas termina no final da manhã de quarta-feira (12), Dia da Criança. Uma grande confraternização está prevista para o final do evento.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

2 Comentários

  1. Pobrezinhos dos “sem terrinhas”. Estou falando dos que perderão o bonde da escola e “continuarão na luta”.

    Alguns deles (os que sobreviverem à lavagem cerebral) se tocarão um dia que por terem tido uma boa escola não precisaram de “terrinhas” para viver bem e com satisfação.

    Os demais continuarão na “luta”, usados ideologicamente pelos seus “chefes”. Esses continuarão sendo os eternos pobrezinhos.

  2. Eduardo Galeano dizia que “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Bonito né? Só que é uma imbecilidade. Utopia por definição é lugar nenhum, portanto não pode estar no horizonte e muito menos se deslocar. O que ele descreveu é uma miragem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo