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MEMÓRIA. Comoção no jornalismo santa-mariense, com a morte, ontem, do mestre Paulo Roberto Araújo

Paulo Araújo (blusão amarelo, de óculos), no estúdio da Rádio Universidade, em 1997, rodeado de alunos do curso de Jornalismo
Paulo Araújo (blusão amarelo, de óculos), no estúdio da Rádio Universidade, em 1997, rodeado de alunos do curso de Jornalismo

Por FRITZ R. NUNES (e fotos do arquivo de Áurea Fonseca), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e os profissionais de jornalismo santa-mariense estão consternados desde a noite desta quarta,5, quando se soube do falecimento do professor Paulo Roberto Araújo, que lecionava no curso de Comunicação Social. Araújo tinha 65 anos e estava internado desde o dia 20 de setembro no Hospital São Francisco, em Santa Maria, enfrentando um quadro de pneumonia aguda. Ele está sendo velado desde as 23h na Capela 2 do Necrotério que funciona contíguo ao Hospital de Caridade. Nesta quinta, ao meio-dia, o corpo será levado para ser cremado em Santa Rosa.

Paulo Roberto Araújo se formou em jornalismo pela UFSM no ano de 1978, conforme recorda a jornalista Vera Pinheiro, colega de turma, que trabalhou por muitos anos em Santa Maria, e hoje morando em Brasília. Mas, se a paixão maior era o jornalismo, antes Araújo passou por Medicina Veterinária, de onde parece ter guardado apenas o carinho pelos felinos: possuía quatro gatos, companheiros que ele expunha permanentemente através do facebook– Ava, Miró, Piaf e Anis Lupita. Mas, não serão os únicos a sentir aperda. Araújo deixa um vazio não somente para uma legião de ex-alunos, jornalistas hoje atuantes no mercado ou na docência, mas também para o companheiro com quem se relacionava há 15 anos, Karim Wahhab.

Além da paixão pelo jornalismo literário, da admiração às grandes reportagens, que procurava sempre cativar em seus alunos, Paulo Roberto Araújo será sempre lembrado por ter se dedicado ao radiojornalismo, disciplina através da qual coordenou o projeto “Rádio Escola” na Rádio Universidade desde 1994. Por meio desse projeto foram desenvolvidos na emissora da UFSM programas icônicos ao longo de 20 anos, com destaque para o “Na Boca do Monte” e o “Rádio Ativo”.

paulo 2O programa “Rádio Ativo” pode ser considerado icônico no jornalismo santa-mariense, pois através dele foram realizados grandes debates tratando de temas de grande relevância na política, na economia, na cultura, etc. Foram diversas gerações de jornalistas que aprenderam a atuar no radiojornalismo através do “Rádio Ativo” e dos programas do projeto “Rádio Escola”. No auge dos programas de debates, na segunda metade dos anos 1990, por diversas vezes representantes dos três segmentos da UFSM, em mobilização ou greve, lá estiveram ocupando esses espaços.

Nas dezenas de lembranças comovidas na noite desta quarta-feira e já início desta quinta, ex-alunos comentando aspectos peculiares da personalidade do professor do curso de Jornalismo. A elegância, a educação, o coração enorme. Os bate-papos misturados com orientações didáticas no café da Cesma. Dentre tantas manifestações através das redes sociais, a da servidora técnico-administrativa da UFSM, Gecira Di Fiori, vizinha e amiga de Paulo Roberto Araújo: “hoje o edifício Dinamarca está de luto”, frisou ela.

Mas a lembrança deste gentil e sorridente professor, apaixonado por jornalismo, literatura e gatos, certamente não será de tristeza, mas dos afetos trocados com ele ao longo de décadas em que exerceu na plenitude a docência. Nestes trechos do “Legado” do jornalista e escritor Marcos Benedicto, destacado pela jornalista e amiga de Paulo Roberto Araújo, que junto com ele e mais a professora Ada Machado da Silveira, foi responsável pela implantação do projeto “Rádio Escola”, uma síntese sobre o professor e amigo que parte:

Além da paixão pelo jornalismo literário, da admiração às grandes reportagens, que procurava sempre cativar em seus alunos, Paulo Roberto Araújo será sempre lembrado por ter se dedicado ao radiojornalismo, disciplina através da qual coordenou o projeto “Rádio Escola” na Rádio Universidade desde 1994. Por meio desse projeto foram desenvolvidos na emissora da UFSM programas icônicos ao longo de 20 anos, com destaque para o “Na Boca do Monte” e o “Rádio Ativo”.

O programa “Rádio Ativo” pode ser considerado icônico no jornalismo santa-mariense, pois através dele foram realizados grandes debates tratando de temas de grande relevância na política, na economia, na cultura, etc. Foram diversas gerações de jornalistas que aprenderam a atuar no radiojornalismo através do “Rádio Ativo” e dos programas do projeto “Rádio Escola”. No auge dos programas de debates, na segunda metade dos anos 1990, por diversas vezes representantes dos três segmentos da UFSM, em mobilização ou greve, lá estiveram ocupando esses espaços.

Nas dezenas de lembranças comovidas na noite desta quarta-feira e já início desta quinta, ex-alunos comentando aspectos peculiares da personalidade do professor do curso de Jornalismo. A elegância, a educação, o coração enorme. Os bate-papos misturados com orientações didáticas no café da Cesma. Dentre tantas manifestações através das redes sociais, a da servidora técnico-administrativa da UFSM, Gecira Di Fiori, vizinha e amiga de Paulo Roberto Araújo: “hoje o edifício Dinamarca está de luto”, frisou ela.

Mas a lembrança deste gentil e sorridente professor, apaixonado por jornalismo, literatura e gatos, certamente não será de tristeza, mas dos afetos trocados com ele ao longo de décadas em que exerceu na plenitude a docência. Nestes trechos do “Legado” do jornalista e escritor Marcos Benedicto, destacado pela jornalista e amiga de Paulo Roberto Araújo, que junto com ele e mais a professora Ada Machado da Silveira, foi responsável pela implantação do projeto “Rádio Escola”, uma síntese sobre o professor e amigo que parte:

paulo 3O legado é uma semente invisível que você planta no coração das futuras gerações.

Não é o reconhecimento de sua descrença, mas a admiração por sua confiança.

É a esperança, a fé e o amor que você deixa para nutrir seus descendentes e quem mais tiver fome de valores espirituais.

Legado não é o que você recebe quando chega, mas o que você deixa quando vai.

Não é a tristeza que você causa, mas a felicidade que você desperta.”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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