A Feisma merece mais! – por Maiquel Rosauro
A 29ª Feisma terminou domingo, superou a meta projetada de 100 mil visitantes e uma nova edição é prevista para 2017. A organização foi impecável em quesitos como segurança, beleza e conforto. Porém, a multifeira merece mais!
Tenho um carinho especial pelo evento, pois desde que me entendo por gente visito a Feisma. Uma das mais antigas lembranças que tenho da minha infância é a de estar no alto de uma imensa roda gigante com um dos meus tios durante a feira. Todos os anos eu esperava ansioso para voltar naquele parque de diversões no campo do Centro Desportivo Municipal (CDM).
Na adolescência, eu tinha uma relação conturbada com o evento (e com a vida em si, obviamente). Na Feisma fui em meu primeiro show, Charlie Brown Jr, e muito outros depois, como Cidadão Quem, Capitão Inicial, Comunidade Nin-Jitsu, Nenhum de Nós, Barão Vermelho… Porém, as tardes de Feisma eram muito barulhentas e eu estudava no Cilon Rosa, ao lado do CDM. Imagine ter que fechar as janelas de uma sala de aula com 30 criaturas em uma tarde ensolarada de outubro com apenas um único ventilador de teto…
Até hoje sinto falta daqueles shows, mas entendo a mudança de posicionamento da organização. Hoje a Feisma é uma feira de negócios, além de uma vitrine para os empreendimentos locais. Embora a atual edição tenha sido mais enxuta do que àquelas realizadas no início desta década, a multifeira segue sendo o principal palco para nossos empreendimentos.
Infelizmente, nos últimos anos, Cacism e a Prefeitura, promotores do evento, pecam na divulgação. A Feisma parece ser feita apenas para os santa-marienses, quando na verdade atrai visitantes de toda a região. Há anos tenho feito a cobertura da feira para este sítio e a reclamação, seja de expositores ou visitantes de fora, é sempre a mesma: faltam orientações de como chegar ao Centro Desportivo Municipal (CDM).
Em outros municípios, logo na chegada à cidade há banners ou bandeirinhas coloridas indicando como chegar até o local evento. Já vi isso feiras que visitei em Esteio, Não-Me-Toque, Ijuí, Júlio de Castilhos, Faxinal do Soturno, Ivorá… Parece mentira, mas uma simples plaquinha indicativa para um visitante de fora faz toda a diferença.
Dentro do CDM, a organização deixa qualquer santa-mariense orgulhoso. Mas o lado de fora… Estacionar nas ruas próximas é quase impossível, à noite a fila para comprar ingressos era muito escura e o contêiner em frente ao CDM transbordava lixo em diversos momentos da feira.
Santa Maria precisa entender que a Feisma não é apenas um evento bianual promovido pela Cacism ou pela Prefeitura. É um evento cultural que faz parte da nossa história. Mesmo sendo realizada em um local inapropriado, a feira merece mais. Mais engajamento do poder público, do setor privado e da população em si. Um bom começo pode estar na conclusão da obra do Centro de Eventos.
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