BRASIL. Dívida pública consumiu R$ 978 bi em 2014
POR MAIQUEL ROSAURO
A dívida pública consumiu quase metade do orçamento do governo federal em 2014. O índice foi apontado pela Auditoria Cidadã e corresponde a R$ 978 bilhões. Confira detalhes em matéria publicada no site da Sedufsm:
2014: Dívida Pública engoliu 45,11% do orçamento
No ano de 2014, o governo federal gastou o equivalente a 45,11% de todo o orçamento executado com juros e amortizações da dívida pública, o que, em reais, corresponde a R$ 978 bilhões. Esse percentual, com o valor correspondente, no entanto, não está explícito nos dados divulgados pelo Executivo federal. Os números foram calculados por Rodrigo Ávila e Maria Lúcia Fatorelli, respectivamente economista e coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida. A quantia calculada corresponde a 12 vezes o que foi destinado à educação e 11 vezes o que foi gasto com saúde.
Os dados foram apresentados em um gráfico apresentado pelos técnicos da Auditoria Cidadã e se baseiam em números oficiais, extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do governo federal. Fatorelli e Ávila informam, em suas análises, que o governo apresentou como “juros e encargos da dívida” um valor estimado em R$ 170 bilhões. No entanto, conforme avaliação da Auditoria Cidadã, o governo vem, a cada ano, deixando de computar grande parte dos juros nominais, classificando-os apenas como “amortizações”.
Esse equívoco do governo na apresentação dos gastos efetivos com a dívida pública faz parte de uma coleção de privilégios de ordem financeira, legal e econômica que o Sistema da Dívida usufrui, avaliam os economistas. Esse fato tem levado inúmeros analistas a aliviar o efetivo peso que o endividamento público exerce sobre as contas públicas do nosso país, utilizando um termo que ilude aqueles que não se aprofundam na análise do Sistema. Segundo Ávila e Fatorelli, a ilusão se deve ao fato de as amortizações serem configuradas como “mera rolagem”, ou seja, o refinanciamento de dívida anteriormente existente mediante a contratação de nova dívida, razão pela qual não seria um problema para o país.
CLIQUE AQUI para ler a matéria na íntegra e conferir os números do orçamento.
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