UFSM. Diretório da Geografia assume liderança e dá razões para ocupar prédio 17, no Campus de Camobi
Agora há pouco, o Diretório Acadêmico do Curso de Geografia da UFSM divulgou, em sua página no Feicebuqui, uma nota em que explica a ocupação, momentos antes, do Prédio 17, no Campus de Camobi.
Basicamente, é um protesto contra a PEC 241 (agoraa 55, no Senado) e que limita os gastos públicos. Os estudantes entendem que isso significa redução do investimento em educação. Mas não é essa a única explicação oferecida. Outra é a recusa da proposta de reforma do ensino médio, conforme MP que já tramita no Congresso, como você pode conferir na íntegra da nota. A foto é do Feicebuqui. A seguir:
“NOS PARECE QUE A GEOGRAFIA CRESCE, E É NA LUTA!
Nota Pública da Ocupação do Prédio 17 – Geografia UFSM
Primeiramente, Fora Temer urgente!
Nós, estudantes de geografia da Universidade Federal de Santa Maria, ocupamos o Prédio 17 nesta terça-feira, 08 de novembro, ocupação essa, deliberada após aprovação de greve estudantil, por ampla maioria de votos em Assembleia Geral das/os estudantes de Geografia. Tais manifestações são contrárias ao projeto neoliberal que vem sendo imposto em nosso país. Somos contrários a PEC 241 (agora 55 no senado), que visa congelar os recursos voltados a educação e saúde pelos próximos 20 anos, recursos estes que são direitos sociais de toda população e não permitiremos que sejam cortados ou reduzido, nossa luta é pela garantia de uma universidade pública, de qualidade e que forneça sempre melhores condições de ensino, permanência, pesquisa e extensão.
A aprovação da PEC 55 faz com que a garantia dos 7,1% do orçamento geral da união, que hoje é voltado para educação e saúde, sejam congelados pelos próximos 20 anos, com isso, a verba destinada ao pagamento dos juros da dívida externa, por exemplo, que hoje são cerca de 47,4% dos recursos totais da União, sejam mantidos e ampliados, assim, enquanto a educação e saúde sofrem retrocessos e desmontes, banqueiros e grandes empresários vão seguir ganhando fortunas e as classes menos favorecidas de nosso país seguirão sendo exploradas e tendo seus direitos cortados, assim como o direito a greve, recentemente cortado pelo desgoverno do golpista Michel Temer. Esse projeto neoliberal faz também com que outras medidas que visam a ampliação de recursos para educação e saúde não entrem em vigor, como os 10% do PIB para educação, que já havia sido aprovado e deveria ser estabelecido nos próximos anos…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI. (Se você for usuário do Feicebuqui)
Não vou perder tempo escrevendo que não é “neoliberalismo”, é o resquício de estamento patrimonialista que, neste caso, está em choque contra o resquício do sindicalismo lulista.
Bueno, salta aos olhos que dinheiro público está sendo utilizado na UFSM para formar indivíduos sem o menor contato com a realidade e sem a mínima noção da época em que vivem.
Ocupações? Por mim podem ocupar os prédios 18, 19, 20…
Que “moderno”!
Os marmanjos já sabem que isso vai dar em nada, e sabem também que são irresponsáveis quando ocupam um espaço de uma instituição pública cujo dono é a sociedade, não eles.
Está mais do que na hora dessa gente deslumbradinha entender que uma coisa é manifestação democrática livre, que pode ser feita nas praças, nas calçadas, no espaço aberto do Campus, e outra bem diferente é ocupar espaços para impedir o acesso a eles.
Não, gente, isso aqui não é “zona”. Vocês não podem fazer o que quiserem, assim como ninguém pode invadir as casas de vocês para tomarem posse delas. O público não é de vocês, de qualquer um, o público é de todos, e por isso, como pago uma montanha de impostos para essa universidade funcionar, e inclusive o ensino que vocês recebem de graça, tenho todo o direito de dizer: FORA, marmanjos!
Vossa Magnificência, mexa-se. O seu cargo exige zelo pela coisa pública, antes de qualquer coisa, por isso faça valer seu cargo e as leis, entre com ação na Justiça e exija ação da Brigada Militar se for necessário para a reintegração de posse do bem público, que não é deles e eles não têm nenhum direito de impedir o acesso e a operacionalização.