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E AGORA? Delações da Odebrecht fazem primeiras vítimas. E são graúdas, inclusive o presidente Temer

Caixa 2 para Temer seria de R$ 10 milhões, que teriam irrigado as campanhas de Paulo (Pato da Fiesp) Skaff ao governo paulista e outras
Caixa 2 para Temer seria de R$ 10 milhões, que teriam irrigado as campanhas de Paulo (Pato da Fiesp) Skaff ao governo paulista e outras

Por GIL ALESSI, no jornal EL PAÍS, com foto de Reprodução

As delações da Odebrecht começam a fazer suas primeiras vítimas. Pelo menos nas páginas dos jornais. O presidente Michel Temer (PMDB) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aparecem como beneficiários de caixa dois em denúncias vazadas por meio da imprensa nesta sexta-feira. As delações ainda não foram nem homologadas pelo Supremo Tribunal Federal, mas já desgastam a imagem de quem vinha passando ileso pela Operação Lava Jato.

No caso de Temer, noticia o Buzzfeed, o caixa dois seria de 10 milhões de reais, que teriam irrigado as campanhas de Paulo Skaf ao Governo de São Paulo e outras campanhas do PMDB. O dinheiro teria sido entregue no escritório de advocacia de José Yunes, amigo e conselheiro próximo de Temer. Segundo o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, Temer acertou o repasse durante um jantar em maio de 2014 no Palácio do Jaburu. Yunes negou qualquer irregularidade ao Buzzfeed e se disse “indignado” com as acusações.

Temer já tinha sido mencionado no âmbito das delações da Lava Jato, mas não de uma forma tão direta, como personagem ativo em um pedido de caixa dois. A revelação de seu possível envolvimento em ilícito chega em um momento delicado para o Governo, que tenta aprovar reformas enquanto o Congresso Nacional borbulha — o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), cuja liderança no parlamento se tornou crucial para Temer, foi salvo no último minuto depois de ter o cargo em risco.

No final do dia, a comunicação do Planalto divulgou uma nota informando que o presidente “repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, termina a nota.

No caso de Alckmin, o caixa dois teria abastecido as campanhas de 2010 e 2014. A informação constaria na delação premiada dos executivos e diretores da empreiteira, firmada no âmbito da Operação Lava Jato, e foi divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, os pagamentos teriam sido feitos a duas pessoas próximas ao político tucano: uma delas seria o empresário Adhemar Ribeiro, irmão da mulher de Alckmin. Em 2010, ele teria recebido 2 milhões em espécie, pagos em seu escritório. As delações da Odebrecht devem fazer com que a Lava Jato dobre de tamanho, e existe a expectativa que atinjam políticos tucanos — até então mantidos à margem da investigação — e o próprio presidente Michel Temer…”

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Um Comentário

  1. Podem passar o rodo nesta tigrada. Só um detalhe. Já comentei que o El País em português é vermelhinho. Para conseguir uma reportagem sobre Lava a Jato e Odebrecht que nao mencione o PT é necessário ter as “fontes certas”. Um dia o militante petista sai do armário.

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