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PINHAL GRANDE. De suspeito a assassino confesso, Ariosto da Rosa diz ter tentado se matar ‘com veneno’

Ariosto da Rosa, preso no final da manhã passada em Sanga Funda, interior de Dona Francisca, passou de suspeito a assassino confesso
Ariosto da Rosa, preso no final da manhã passada em Sanga Funda, interior de Dona Francisca, passou de suspeito a assassino confesso

Por RAUL PUJOL, com foto de Divulgação (Feicebuqui), no jornal A Razão

O agricultor Ariosto da Rosa, 41 anos, autor confesso do assassinato de quatro pessoas na manhã de 29 de novembro, em Pinhal Grande, foi detido por volta das 11h desta segunda-feira. A prisão aconteceu na localidade de Sanga Funda, no interior de Dona Francisca, município da Quarta Colônia de Imigração Italiana. Depois do crime, o responsável pela chacina que abalou o Estado permaneceu 22 dias foragido.

“O Ariosto confessou o crime ao longo do depoimento.  Antes de cometer os assassinatos, ele disse ter bebido por três dias seguidos, estava depressivo  e, por causa das desavenças, cometeu os homicídios. Ele também falou que se arrependeu e negou ter estuprado a sua enteada.  Além disto, ele negou que teria uma lista com mais vítimas para executar”, explicou o delegado da 4ª Delegacia de Polícia, Antonio Firmino  de Freitas Neto.

Segundo o delegado regional de Polícia Civil, Sandro Meinerz, o suspeito entrou em contato com o  seu advogado, Airton Mello, de Júlio de Castilhos, que intermediou a negociação com a polícia.

“Foi realizada uma rendição negociada”, explicou Meinerz.

Tentativa de suicídio

O assassino ainda explicou como aguentou tantos dias no meio do mato.  “Ao encontrá-lo, a primeira coisa que perguntei foi como ele sobreviveu. Ele disse que dormia no mato, comia muito milho verde e, às vezes, pegava restos de comida nas casas da região”, relatou Firmino.

Além disto, segundo o próprio Ariosto, ele teria tentado se matar. “Ele disse que tomou um veneno e ficou quatro ou cinco dias paralisado. Quase morreu e emagreceu muito”, disse o delegado.

O criminoso foi encaminhado na tarde de hoje para o Presídio Estadual de Santa Maria (Pesm), no distrito de Santo Antão. O responsável pelo inquérito é o delegado José Carlos Araújo, que responde pela DP de Pinhal Grande.

Um caçada de 22 dias

As buscas a Ariosto iniciaram instantes depois que os assassinatos foram registrados no dia 29 de novembro. No total, cerca de 40 policiais civis e da Brigada Militar, dois cães farejadores, um drone e um helicóptero foram usados na caçada. Em nenhum momento as buscas foram encerradas, embora o efetivo de brigadianos tenha diminuído na última semana.

Relembre a chacina

O primeiro assassinato ocorreu antes das 7h, em uma propriedade que o agricultor possui no Rincão dos Basílios. No local, foi encontrado o corpo de Bianca Salles, 16, enteada do suspeito. A moça teria sido estuprada antes de ser morta com tiro na cabeça. Ela já havia denunciado o padrasto por abuso sexual, existindo uma investigação em curso em Júlio de Castilhos.

Em seguida, Iran Gonçalves dos Santos, 10, foi morto na estrada, a caminho da escola, também com um tiro na cabeça. A cena foi presenciada pelo irmão do menino, Giovane, 17, que conseguiu escapar.

Logo depois, Alex Cardoso Leal, 17, foi baleado enquanto esperava o transporte escolar em uma parada de ônibus. A vítima seguinte foi o agricultor Afonso Gonçalves, 60, que cuidava de porcos em sua propriedade no momento em que foi baleado.

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