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Que ano, meu Deus! – por Carlos Costabeber

Estamos chegando ao final de 2016, um ano que ficará marcado para sempre na memória de todos os brasileiros. Emoções não faltaram; muito ruins em sua maioria, pois somente a Olimpíada permitiu uma “respirada”, com suas jornadas esportivas memoriáveis.

Lembro que minha primeira vivência com uma crise aconteceu em 1961, quando o Jânio Quadros renunciou, levando o Brasil próximo a uma guerra civil. O então Governador Brizola se insurgiu contra um golpe de Estado que visava impedir a posse do João Goulart na Presidência da República. Tinha eu apenas 13 anos, mas vi a angústia do meu pai, que como militar, temia um confronto entre irmãos. Felizmente as coisas se acalmaram, o Jango tomou posse, mas fez uma desastrada gestão populista, que o levou a ser destituído.

Já aos 16 anos acompanhei a Revolução de 1964, pois novamente vi o pai preocupado com a situação. Nessa época cursava o 1º. Científico do Santa Maria, e lembro ter acompanhado os meus pais na “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”; um movimento nacional que levou a derrubada do Jango pelos militares.

Até o fim do regime militar, tivemos crises episódicas, como o brutal aumento do preço do petróleo, em 1973. E assim foi até o pós-Constituinte, quando tivemos os famosos “planos econômicos” (“Cruzado”, 1986; “Verão”, 1989; “Collor, 1990 e “Plano Real” em 1993 – o único que deu certo).

Mas nada se compara com o que estamos vivendo! Depois de anos de euforia consumista, começamos a pagar a conta decorrente de uma política econômica desastrosa e irresponsável. De uma hora para outra caímos na real, e o país entrou em profunda recessão, com 12 milhões de desempregados e a União e Estados literalmente “quebrados”. O preço que a população está pagando é muito alto, e todos os remédios que estão sendo ministrados têm sido muito amargos.

Confesso que quando começou o ano, acostumado a planejar com cuidado os meus negócios, senti que poderia ser um desastre. Previ um cenário pessimista com um grande prejuízo, e um otimista, que era fechar 2016 no “zero a zero” (sem prejuízo, mas também sem lucro algum).

Graças a experiência, e por ter sobrevivido a todas as crises anteriores, consegui driblar as dificuldades e aproveitar as oportunidades que surgem nesses momentos. Assim, graças a Deus minha empresa está terminando o ano com relativo sucesso; o que me dá esperanças de uma melhora significativa no próximo ano.

Mas para milhares de empresas o destino foi mais cruel, levando ao fechamento das portas, e gerando milhões de desempregados (que não encontrarão emprego com facilidade, já que 2017 bateremos em 13,5 milhões de pessoas sem carteira assinada).

Por fim, em 2016 vivemos o que chamamos de “tempestade perfeita”. O Brasil virou de cabeça pra baixo, na maior crise politica da sua história, e que repercutiu diretamente na economia. Virou um “salve-se quem puder”! Pobre Brasil!

FELIZ ANO NOVO!

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