Prefeituras digitais – por Carlos Costabeber

“A maior revolução nos serviços públicos em todos os tempos. Tudo estará disponível pelo celular dos contribuintes”

Nessa semana, por determinação do conterrâneo José Alcides Munhoz, membro do Conselho do Bradesco, recebemos a visita do profissional responsável pela área de inovação daquele banco. Confesso que fiquei muito impressionado com a “aula” que o Fernando Freitas nos proporcionou, durante a sua rápida estada em Santa Maria. Pudemos visualizar o que se terá pela frente em termos de novas tecnologias nessa busca obsessiva pela inovação nos negócios.

O primeiro encontro foi no belíssimo Hotel Beira-Rio, no Recanto Maestro em Polêsine (vale a pena conhecer e indicar), com a presença da Agência de Desenvolvimento, do prefeito Jorge Pozzobom e do secretário Ewerton Falk. Numa conversa descontraída, entre tantos assuntos, o visitante falou sobre uma novidade que nos chamou muito a atenção: as “Prefeituras Digitais”.

Explicando: algumas prefeituras na Europa e EUA estão testando soluções digitais para todos os serviços prestados aos contribuintes. Isso está permitindo o fim da burocracia, das estruturas de atendimento, do desperdício de tempo e de (muito) dinheiro. O total desaparecimento de papéis, viagens, diárias, centrais telefônicas, correios, veículos, instalações físicas. De despesas com manutenção, segurança, aluguéis, energia elétrica, copiadoras, uniformes, vale transporte e alimentação, cafezinho, etc.

A maior revolução nos serviços públicos em todos os tempos. Tudo estará disponível pelo celular dos contribuintes, ininterruptamente, durante 24 horas, sete dias da semana. E sem qualquer custo!

Claro que é uma visão de médio e longo prazos, mas não haverá alternativa ao setor público, caso não avance para o mundo digital. Todos sairão ganhando, pois a gigantesca economia de recursos com a máquina pública será transferida com ganhos enormes, para a população. Uma inédita relação ganha-ganha! E o gestor que sair na frente irá alcançar mais rapidamente os resultados dela decorrentes. Mas uma coisa é obrigatória: tem de ser uma decisão do No. 1, do prefeito, no caso; uma decisão de Governo.

Como empresário, acompanho os enormes investimentos que são feitos em tecnologia de ponta para tornar os negócios mais competitivos. Por outro lado, o setor público muito pouco tem feito nesse sentido; por isso os contribuintes penam com uma enorme burocracia, cara, quando não ineficiente. Mas o prefeito vislumbrou a oportunidade de tornar Santa Maria uma referência na quebra desse paradigma, que engessa a gestão pública brasileira desde a época do descobrimento.