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SEGURANÇA. Estado tem mais de 2,8 mil homicídios, e governo festeja redução de 3% em roubos de veículos

Dados atualizados dos índices de criminalidade foram apresentados nesta quinta, pelo secretaria de Segurança Pública Cezar Schirmer

Do jornal eletrônico SUL21, por FERNANDA CANOFRE (texto) e MAIA RUBIM (foto)

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul divulgou nesta quinta-feira (26) os índices de criminalidade de 2016 em todo o Estado. No ano em que as mortes por esquartejamento estamparam quase semanalmente as manchetes dos jornais e a Brigada Militar teve recorde de aposentadorias, sem reposição de servidores, o secretário Cezar Schirmer comemorou o resultado de 2,9% de redução nos casos de roubo e de 3,5% nos de furto de veículos. A Operação Desmanche foi o carro chefe da segurança durante o ano, com o próprio governador José Ivo Sartori dizendo que era “a marca de seu governo”.

Por outro lado, os números de crime contra a vida seguiram em curva crescente. Os índices apresentados nesta quinta revelam que o Rio Grande do Sul registrou 2.872 casos de homicídio – 164 deles foram latrocínios. Houve ainda registro de 16 casos de sequestro e 19 homicídios dolosos por acidentes de trânsito.

“Outros estados mostram indicadores que aparentemente são melhores do que os nossos, mas na verdade há, com todo o respeito, uma espécie de manipulação. Quando conta homicídios, eles contam não o número de pessoas que morrem, mas de ocorrências. Se é uma ocorrência que morrem 4, é considerado um homicídio. Isso descaracteriza o dado. O que nós apresentamos aqui são os números de homicídio, somados um a um”, explicou Schirmer.

Sobre as causas do aumento dos índices de violência, na avaliação do secretário, há “causas gerais e causas específicas”. “Por exemplo, Caxias, se tem a informação de que neste momento tem 15 mil desempregados, isso tem alguma incidência na violência e na segurança”, diz ele. Segundo a secretaria, 25 municípios do Estado – a maior parte na Região Metropolitana de Porto Alegre – concentram hoje 85% das ocorrências no Estado.

Segundo o secretário há “um esforço de gestão” para fortalecer a área de segurança pública no Estado. Schirmer anunciou, entre as medidas, aumento do orçamento para a pasta, formação de mais de mil novos policiais, novos concursos para a Polícia Civil, aporte de horas-extras e diárias, parcerias com novos prefeitos, “despertar do governo federal para a área de segurança pública”, mas não soube precisar datas e prazos de quando tudo será colocado em ação. Quando perguntado sobre a meta de redução nos crimes que o Estado espera colher com as ações implantadas em 2017, se limitou a dizer: “É meta interna, entendeu? Mas certamente, tem que reduzir”.

A única proposta com data até o momento é o aumento do efetivo. A Força Nacional, que atualmente tem 71 homens em Porto Alegre, deverá ser reforçada em fevereiro, com a chegada de mais 200 homens. Segundo Schirmer, somando a Força ao aumento de efetivo na Brigada com horas-extras, o Estado teria 600 novos agentes em campo a partir da metade do próximo mês.

A questão do tráfico de drogas

Mesmo sem querer apontar uma causa direta, durante a coletiva, Schirmer voltou diversas vezes à questão do tráfico de drogas para explicar a violência no Estado. “Só ver a vida pregressa dos que morrem e dos que matam, sempre tem um pé na droga”, afirmou ele. Perguntado depois sobre os índices que revelariam essa ligação, o secretário admitiu que ainda não os tinha em mãos, mas que já havia encomendado um relatório da Polícia Civil discriminando cada caso.

“Eu não posso precisar percentualmente, mas um percentual muito elevado dos homicídios são consequências de disputas dominadas por grupos. No Rio Grande do Sul tem muitas facções e elas disputam nas grandes cidades os espaços”, analisou Schirmer…”

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2 Comentários

  1. Bã. Direito penal do inimigo levado ao extremo de cancelar direitos e garantias individuais.
    PCC tem estatuto. “Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido” (era conhecido como Partido do Crime no início). “A Luta pela liberdade, justiça e paz”.
    Comando Vermelho idem: “as sementes plantadas produzirão efeitos positivos em benefício do crime”.
    Os “de menor” também tem suas regras: “Não abaixar a cabeça pro “verme”, se não poderá roncar pros demais amigos.” “Quando for dá um papo po verme, sempre ter um amigo ao lado pra presenciar.” “Verme” é o agente socioeducativo.
    Ou seja, as regras deles são obedecidas porque as penalidades impostas não são leves.
    Drogas? Alguns pregam que a descrimininalização da maconha resolve todos os problemas. Não resolve. Outros pregam soluções fáceis diferentes. Também não irão resolver.

  2. Seria interessante saber, dentre esses homicídios, quantos foram resultado de brigas de facções, “queima de arquivo”, etc..

    Criminosos eliminando criminosos não é responsabilidade do Estado cuidar. Nem deveriam entrar em estatísticas.

    O Estado ter a obrigação de proteger um criminoso de outro seria o fim da p..cada.

    Claro que a violência aumentou, e isso por mil motivos. E cabe ao Estado melhorar muito. Mas querem que o Estado mantenha paquidermes, como isso seria possível?

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