EDUCAÇÃO. Greve atinge 20 escolas estaduais de SM
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do CPERS
Manoel Ribas, Cilon Rosa, Maria Rocha, Cícero Barreto e Walter Jobim são as instituições de Santa Maria que paralisaram totalmente suas atividades devido à greve dos educadores estaduais. Outras 15 escolas estão com funcionamento parcial. O movimento teve início na quarta-feira (15) e não tem previsão para ser encerrado.
No final da tarde desta sexta (17), o Comando de Greve do 2º Núcleo do CPERS se reuniu para analisar a paralisação. O sindicato considera que o movimento é positivo e que será fortalecido nos próximos dias com ações nas escolas.
“As escolas dos municípios da região irão realizar reuniões para discutir à adesão à greve. Esta é uma mobilização muito corajosa por parte dos professores e agentes educacionais”, analisa a diretora do 2º Núcleo, Sandra Regio.
Um dos motivos para a greve do magistério está no pacote de medidas do governo do Estado. Entre as propostas, estão: PEC 257/2016 (fim da obrigação de pagar salário até o último dia útil do mês); PEC 259/2016 (retira necessidade de plebiscito para acabar com companhias); PEC 242/2016 (fim da licença-prêmio); PEC 261/2016 (fim da contagem de contribuição por tempo fictício); entre outras.
“O pacote do Sartori está para ser votado na próxima semana e vai retirar direitos dos educadores, sobretudo, dos que estão na ativa”, ressalta Sandra.
A categoria também reivindica a abertura urgente da mesa de negociação para discutir a defasagem de 82,42% no salário. Além disso, o CPERS exige o mesmo índice de reajuste aos funcionários e aos aposentados que perderam a paridade.
Reforma do Ensino Médio
Os educadores também são contrários às reformas do governo federal (Trabalhista, Previdenciária e, sobretudo, do Ensino Médio).
“Concordamos que é preciso haver uma Reforma do Ensino Médio, mas não de forma imposta e sem a participação da comunidade escolar”, afirma Sandra.
Sancionada em fevereiro pelo presidente Michel Temer, a lei estabelece a divisão do currículo do Ensino Médio em duas partes: 60% para disciplinas comuns a todos os alunos e 40% para que aprofundem seus conhecimentos em uma área de interesse, entre Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais e Formação Técnica Profissional. Somente Português e Matemática serão obrigatórios nos três anos do Ensino Médio. E, para toda a rede, a carga horária aumentará gradativamente das atuais 800 horas anuais para 1.400 horas.
A decisão de incluir Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia nas aulas dependerá do que será estipulado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), conjunto de orientações que deverá nortear os currículos. Atualmente em análise pelo Ministério da Educação, a previsão é de que a BNCC seja homologada ainda em 2017.
O quadro da greve em Santa Maria
Paralisação total:
Cícero Barreto;
Maria Rocha;
Cilon Rosa;
Manoel Ribas (Maneco);
Walter Jobim.
Paralisação parcial:
Augusto Ruschi;
Coronel Pilar;
Paulo Lauda;
Érico Veríssimo;
Rômulo Zanchi;
Prado Veppo;
João Link;
João Belém;
Marechal Rondon;
Padre Caetano;
Edna May Cardoso;
Margarida Lopes;
Tancredo Neves.
Olavo Bilac;
Marieta D’Ambrósio.
Explicando melhor: fechem todas as escolas públicas e repassem as verbas públicas a escolas particulares para abraçarem todos os alunos da escola pública atual, e mais os que estão fora. Aí a coisa vai.
Com a classe do jeito que está, a educação pública não tem mais conserto.
Sugiro a todos os governadores e prefeitos que façam uma mudança paradigmática, que aloquem verbas educacionais para as escolas privadas na forma de terceirização. Sairá muito mais barato e se terá muito mais qualidade do que hoje.