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POLÍTICA. Armado o barraco verbal no Legislativo

Daniel Diniz (E), mas não apenas ele, foi um dos protagonistas do bate-boca em que se transformou boa parte da sessão desta quinta-feira

Por JOSÉ MAURO BATISTA, Especial para o Site (com foto do Feicebuqui

Esquentou o clima na sessão plenária ordinária da Câmara de Vereadores, na tarde desta quinta-feira, por conta da tramitação de uma Moção de Congratulações à Associação de Condutores de Táxi de Santa Maria (ATASM). Autor do requerimento (aprovado pelos 21 parlamentares), o vereador Daniel Diniz (PT) discordou da tramitação de seu pedido e acusou parte da bancada governista de “estar patrolando” a minoria de oposição.

“Há um patrolamento”, disse o petista, lembrando a eleição para a Mesa Diretora da Câmara, no dia 1º de janeiro deste ano, quando o bloco governista garantiu não só o comando do Poder Legislativo como a hegemonia nas decisões. O discurso contundente de Diniz foi rebatido, também com contundência, pelo presidente da Casa, Admar Pozzobom (PSDB) e pelo líder do governo, Manoel Badke (DEM), a quem o oposicionista se dirigiu.

Admar lembrou que no episódio da eleição da Mesa, mesmo tendo maioria, o bloco governista abriu espaço para o bloco minoritário participar, mas os oposicionistas se recusaram. “O vereador Daniel Diniz está com os nervos à flor da pele. Ninguém está patrolando ninguém”, disparou Admar, sugerindo a Diniz procurar a Comissão de Ética da Câmara caso ele queira fazer alguma denúncia sobre boicote a seu mandato ou a de outros oposicionistas. Badke, por sua vez, defendeu o Regimento Interno e acalmou um pouco os ânimos ao “se desculpar” com Diniz, dizendo que não teve nenhuma intenção de prejudicar o colega oposicionista.

Diniz voltou à tribuna por ter sido citado e seguiu reafirmando que esse tipo de debate deveria ocorrer internamente, sem exposição pública. Caso contrário, os vereadores deveriam discutir publicamente outras questões como a obra da nova sede, interrompida desde janeiro de 2013. Posteriormente, a sessão chegou a ser interrompida para uma reunião a portas fechadas entre os parlamentares.

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2 Comentários

  1. Até parece que a Câmara de Vereadores de Santa Maria não tem mais o que fazer. Ano passado comentei aqui várias vezes que era necessário acabar de vez com a enxurrada rotineira de homenagens, pois já perdeu valor. Quando se homenageia a todos, a cada três dias alguém, o valor da homenagem se esvai. A Câmara deveria homenagear o Cidadão Santa-Mariense anualmente, e só.

    Câmara de Vereadores, leiam isto com atenção: Santa Maria tem aproximadamente 300 mil habitantes. Não é mais uma vila de compadres, que precisa todo dia homenagear alguém ou uma instituição.

    Há situações muito mais importantes a se discutir publicamente, como por exemplo, o caso da CORSAN. Qualifiquem-se. Mostrem-se à altura de Santa Maria.

  2. “Caso contrário, os vereadores deveriam discutir publicamente outras questões como a obra da nova sede, interrompida desde janeiro de 2013”. É OBRIGAÇÃO dos senhores vereadores discutirem PUBLICAMENTE este assunto, pois implica em dinheiro público mal aplicado e mal explicado. Mas, por favor, senhores vereadores, de novo, moções e moções. Mais trabalho efetivo pela comunidade, se os senhores tem essa capacidade.

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