CÂMARA. Quebra de decoro, perseguição política… a sessão plenária desta quinta-feira promete ser quente
Por MAIQUEL ROSAURO, com foto de Gabriela Iensen/AICV, Especial para o Site
O Grande Expediente da sessão desta quinta-feira (20) da Câmara de Vereadores promete intensas discussões. O motivo é o embate entre o presidente da Casa, Admar Pozzobom (PSDB), e seu colega Daniel Diniz (PT). Nessa quarta (19), em entrevistas às rádios locais, ambos demostraram que estão firmes em suas posições antagônicas.
O clima esquentou na terça quando a Mesa Diretora encaminhou um memorando à Comissão de Constituição e Justiça, Ética e Decoro Parlamentar (CCJ) para que a mesma avalie a conduta de Diniz. O parlamentar é acusado de uma eventual quebra de decoro parlamentar e ofensa à imagem da Câmara durante a sessão ordinária do dia 16 de março.
Na ocasião apontada pela Mesa Diretora, o petista disse: “se todos os problemas que não aparecem na TV Câmara vierem para a tribuna, este parlamento vai ficar manchado”.
Em entrevista ao jornalista Fabricio Minussi, na Rádio Medianeira, Diniz se defendeu e alegou perseguição política.
“Não houve acusação pessoal a nenhum parlamentar, o que houve foi um debate político”, ressaltou.
Também em entrevista à Rádio Medianeira, Admar afirmou que, em sua condição de presidente, ele precisa saber se ocorrem “coisas obscuras” na Casa. Logo, ele pede para que Diniz apresente provas do que disse ou se retrate. O tucano também nega qualquer perseguição política.
“Se comprovado que estou em perseguição política a qualquer vereador, renuncio a presidência da Câmara neste momento”, prometeu Admar.
Diniz, que integra a CCJ, solicitou que o Ministério Público e a subseção da OAB acompanhem o trabalho da Comissão. Caberá ao ouvidor da CCJ, Juliano Sores (PSDB), o Juba, o parecer que irá definir se será aberto ou não o processo para analisar a possível quebra de decoro parlamentar.
Além de Diniz e Juba, também integram a comissão Coronel Vargas (PSDB), na condição de presidente, Deili Silva (PTB), Luciano Guerra (PT), Manoel Badke (DEM) e Vanderlei Araújo (PP).
É o que sempre digo, 21 vereadores é demais para Santa Maria. Para que tanto? Quando não há muito o que fazer, aparecem os conflitos bobinhos.
Temos é que falar em “quebra de compromissos com o povo”!
Eis, senhores, a nossa garbosa câmara de vereadores!
Esta é a Nossa Câmara, sempre resolvendo os problemas de Santa Maria !!!!