EVENTO. Brique festeja os 110 anos da Vila Belga
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto/arquivo), Especial para o Site
O Brique da Vila Belga deste domingo (9) será especial. Além de celebrar à Páscoa, serão comemorados os 110 anos da comunidade. Para marcar o evento, haverá apresentação da Associação Orquestrando Arte.
Conforme um dos organizadores do Brique, Carlos Alberto da Cunha Flores, o Kalu, hoje 150 bancas costumam participar do evento.
“Mas o número de expositores é bem maior, pois cada banca tem mais de um expositor”, analisa Kalu.
O evento é realizado sempre no primeiro e terceiro domingo do mês, das 15h às 20h. Quem visitar esta nova edição pode ter a certeza de que irá encontrar diversos produtos relacionados à Páscoa.
A Vila
Em 13 de abril de 1907 foi concluída a última casa do primeiro conjunto que compõe as 84 residências da Vila Belga. Foi também nesta data que foi realizada uma grande festa de inauguração pelos funcionários da companhia belga “Compagnie Auxiliare des Chamins de Fer au Brésil”, responsável pela construção.
O tradicional bairro santa-mariense servia de moradia aos belgas que vieram construir a estrada de ferro Porto Alegre – Uruguaiana. Em 2012, a comunidade foi revitalizada através de uma parceria público-privada que envolveu o Executivo Municipal e as empresas Tintas Coral, Falk Tintas e Atlas Pincéis e Ferramentas.
VILA BELGA, VIDA MINHA!
VILA BELGA, VIDA MINHA!
Que saudades da aurora da minha vida, da minha Vila Belga querida, quatro ruas; Dr. Wauthier, Ernesto Becker, Manoel Ribas e André Marques, 84 casas, tantas famílias, Nestas ruas, nasceram,moraram,nascem e moram anjos meninos e meninas. Em cada rua muitas alegrias, quantas lembranças, quanta saudade!
Rua_ Dr. Wauthier, era o final dos anos 20, em 1928, na casa em frente da” Associação” nasce um anjo menina, minha saudosa mãe Janor. Associação dos Empregados da Viação férrea, grande clube muito confete, muita serpentina, muitas rainhas e a sempre rainha e miss Wanda Portalet com charme e beleza comandava o espetáculo.
Rua – Ernesto Becker, em 1927 nasceu meu inesquecível pai Armando Nunes Alves o Armandinho, era 1954 quando cheguei a Ernesto Becker2131 lá já estava minha irmã Helenita depois vieram Sérgio e Maria Luiza e nós meninos e meninas, meus primos Emilio , Ana Luiza, Maria Cristina e André Luiz ALbertani, Alonso, Vilma, Carmen , Silvia e Jefferson Bodini da Rosa, nascidos na Manoel Ribas e na Rua André Marques mais os amigos, Fernando Beltrame, Izabel e oTiti, Luiz Carlos (melinho), Cacaio, Iran, a , Gilca (Quinha), Martinha, Beatriz, Beto e Flávio Galhardo, a Rose e a Rejane Mafiolleti o Reni Wolff, O Cláudio e a Fátima Lima, a Ângela e os irmãos Abelim, Evinha, Orlando, Adão Acosta,o Duda , Carlinhos Sá, a Rose e Rejane Mafioletti, as irmâs Gládis, Núbia e Lucinha Ramos , a familia Vinadé
Oto e T ânia l , Augusto, Berenice, Norton, o Tonico, Paulo, Tânia e Vânia Barbosa e tantos outros passamos nossa infância no burburinho da Alfaiataria com o vai e vem das costureiras e alfaiates o ruído constante das maquinas de costura era música, os carretéis de linha de todos os tamanhos e cores ,como se fossem diversos arcos íris ,lúdicos e inesquecíveis momentos! Ainda na Dr..Wauthier o SAMDU (Atendimento médico domiciliar de Urgência) que fazia parte de um complexo de saúde existente naquela região composto , pela farmácia da cooperativa , posto de saúde ambos no final da André Marques e Manoel Ribas completados pelo atendimento de especialidades médicas Pediatria e ginecologia na rua sete de setembro em um prédio ainda hoje existente bem ao lado da passagem dos trilhos.
Rua: Manoel Ribas. A Cooperativa dos Empregados da Viação Férrea (COOPFER), a maior da América Latina, secos e molhados num grande supermercado com gêneros alimentícios de toda natureza, muito Bacalhau! Móveis, roupa, sapatos, tinha de tudo para a família ferroviária. Quando virava o mês era uma festa! Ainda na M. Ribas um túnel que ligava a vila a gare da estação, neste túnel a pequena padaria, logo em 1961 substituída na inauguração da grande padaria no prédio de dois pisos ainda hoje existente, ah! O pão francês, suíço tinha até o pão cabrito e o biscoito guarda-freio, quantas guloseimas e que festa de inauguração maravilhosa.
Ernesto Becker; o campinho na frente da lateral do Maneco quantas aventuras, de lá se visualizava o movimento dos trens e os morros da pedreira do Link e o monumento dos ferroviários, lá jogávamos muita bolita e muito futebol. No final da rua a fábrica de café saboroso de inigualável e inesquecível, sabor, tinha também ao lado a fábrica de sabão e o açougue na esquina com todos os tipos de carnes que eram compradas s e levadas para casa e m pratos ou no gancho especifico para isto. Por fim,
Rua André marques: No inicio dela, junto ao final da M. Ribas a lenheira, comercializava também querosene, e benzina, grande movimento de Ca roças e carroceiros por vezes agressivos com os cavalos; eram severamente repreendidos por nós meninos que franzinos, mas defensores dos animas,usando bodoques com bolinhas de cinamomo de alguma forma evitávamos os maus tratos, logo na outra quadra o Grupo Escolar João Belém formador de tantos homens e mulheres com marcante vida pública, Obrigado dep.. Paulo Pimenta, obrigado Escritório da cidade. Parabéns Prefeito Cezar Schirmer por devolver a alegria e a dignidade da aurora das nossas vidas! .