Destaque

PESQUISA. Depois das delações da Odebrecht, Lula mantém e amplia diferença sobre 2º, que é Bolsonaro

Lula aumenta liderança para 2018 e Bolsonaro briga pelo 2º lugar, aponta Datafolha, que também incluiu Moro num dos cenários

No portal do CORREIO DO POVO, com informações do Estadão e foto de JOSÉ CRUZ, da Agência Brasil

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) subiu e atingiu a segunda posição – em empate técnico com a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) – em pesquisa do Instituto Datafolha sobre a eleição presidencial de 2018, divulgada neste domingo, pelo jornal Folha de S. Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a liderança na sondagem em dois cenários pesquisados. Os dois principais cenários da pesquisa divulgada neste domingo são comparados pelo instituto com levantamento feito em 16 e 17 de dezembro de 2015.

Esse é o primeiro levantamento do Datafolha depois da divulgação das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato. Bolsonaro subiu de 4% para 15% e de 5% para 14% nos dois principais cenários pesquisados pelo Datafolha.

No cenário 1, em que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é incluído, Lula aparece com 30% (ante 20% da última pesquisa), seguido por Bolsonaro (15%), Marina (14%), Aécio (8%), Ciro Gomes/PDT (5%), o presidente Michel Temer (2%) e Luciana Genro/PSOL (2%). Ronaldo Caiado/DEM e Eduardo Jorge/PV aparecem empatados com 1% cada. Votos em branco, nulos e em nenhum dos candidatos somam 17% e não sabem, 4%. Neste cenário, Aécio caiu de 26% para 8% e Marina caiu de 19% para 14%.

No cenário 2, quando o candidato tucano é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula permanece com os mesmos 30% (ante 22% da pesquisa de 2015). Neste panorama, Marina caiu de 24% para 16% e Bolsonaro subiu de 5% para 14%. Depois, vem Alckmin, que caiu de 14% para 6%. Ciro ficou com 6% e Temer, com 2%. Luciana Genro e Caiado têm 2% cada e Eduardo Jorge, 1%. Votos em branco, nulos e em nenhum dos nomes somam 16% e não sabem 4%.

No cenário 3, em que não há base de comparação com pesquisa anterior, Lula tem 31%, Marina aparece com 16% e Bolsonaro, com 13%. Neste recorte, foi incluído o nome de Doria, que tem 9%. Em seguida, vêm Ciro Gomes, com 6%, e Temer, com 2%. Luciana Genro também aparece com 2%. Caiado e Eduardo Jorge figuram com 1% cada. Em branco, nulos ou em nenhum dos nomes, 15%. Não sabem 4%.

No cenário 4, em que não são pesquisados os nomes de Lula e Temer, mas é incluído o de Doria, o levantamento é liderado por Marina, com 25%, seguida por Bolsonaro, com 14%, Ciro (12%), Doria (11%), Luciana (3%), Eduardo Jorge (2%) e Caiado (2%). Votos em branco, nulos e em nenhum dos nomes somam 25% e não sabem, 6%. Neste cenário, também não há base de comparação com pesquisa anterior.

Num quinto cenário, sem Lula e Temer, mas com Alckmin, Marina lidera com 25%. Depois vêm, Bolsonaro (16%), Ciro (11%), Alckmin (8%), Luciana (4%), Caiado (2%) e Eduardo Jorge (2%). Em branco, nulos e nenhum somam 27% e não sabem, 6%. Também não há base de comparação com pesquisa anterior neste cenário.

O Datafolha realizou ainda um sexto cenário. Os números são os seguintes: Lula (29%), Marina (11%), Bolsonaro (11%), juiz Sérgio Moro (9%), Aécio (5%), Doria (5%), ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (5%), Ciro (5%), Alckmin (3%) e apresentador Luciano Huck (3%). Neste cenário, votos em branco, nulos e em nenhum nome somam 11% e não sabem, 4%, e também não há base de comparação.

No 2º turno, Lula empataria com Marina e Moro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vence os outros nomes, exceto a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e o juiz federal Sérgio Moro, na pesquisa do Instituto Datafolha. O nome de Moro não havia sido testado até o momento em levantamentos do Datafolha.

Moro vence Lula numericamente, com empate técnico: 42% a 40%. Contra Marina, no segundo turno, o ex-presidente fica com 38% ante 41% da ex-senadora da Rede Sustentabilidade. No cenário em que Lula disputa com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o petista tem 43% contra 27% do tucano.

O ex-presidente venceria também o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), num eventual segundo turno, por 43% a 29%. Lula ganharia ainda do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) – 43% a 31%. Num cenário em que o segundo turno da eleição para presidente fosse disputado entre o ex-presidente e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-chefe do Executivo federal levaria novamente a Presidência da República, com 43% das intenções de voto, contra 32% do tucano.

O Datafolha fez 2.781 entrevistas em 172 cidades nestas quarta e quinta-feira, antes da greve geral de sexta-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, considerando-se um nível de confiança de 95%.

Temer, Lula e Aécio são os mais rejeitados

O presidente Michel Temer (PMDB) aparece com a maior porcentagem de rejeição (64%) na pesquisa presidencial do Instituto Datafolha. Em segundo lugar, aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 45%. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), vem em seguida, com 44% de rejeição.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), figura com 28%, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 23%, o apresentador Luciano Huck, com 23%, e Ciro Gomes (PDT), com 22%. Depois vêm a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 21% de rejeição. Luciana Genro (PSOL) e Ronaldo Caiado (DEM) têm 17% de rejeição cada um. Fecham a lista o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o juiz federal Sérgio Moro, ambos com 16% de rejeição.

A pesquisa sobre o primeiro turno da eleição presidencial – em que Lula aparece com 30% – pode ser comparada também com o último levantamento do Datafolha, feito em 7 e 8 de dezembro de 2016. Este recorte só é aplicado aos cenários 1 e 2 da sondagem, em que o instituto lista entre os nomes Aécio (cenário 1) e Alckmin (cenário 2) como candidatos tucanos. Nesta base de comparação e no cenário 1, com Aécio, Lula subiu de 25% para 30%, enquanto Bolsonaro foi de 9% para 15%. Marina oscilou de 15% para 14%. Aécio foi de 11% para 8%. Ciro Gomes manteve os mesmos 5%. Temer tinha 4% e oscilou para 2%.

No cenário 2, com o nome de Alckmin, Lula tinha, em dezembro de 2016, 26%, e agora tem 30%. O tucano, que aparecia com 8%, está com 6% na pesquisa divulgada neste domingo. Marina foi de 17% para 16%. Bolsonaro aparecia com 8% e subiu para 14%. Ciro manteve os 6% e Temer foi de 4% para 21%.

Embora tenha crescido nas intenções de voto nesta pesquisa, Lula teve o seu governo avaliado como o que mais registrou corrupção na história. Para 32% dos entrevistados, a gestão Lula (2003-2010) foi o período em que mais se praticaram crimes, segundo o levantamento, ante 22% em relação ao governo Dilma, 11% gestão Collor, 9% Temer e 8%, Fernando Henrique. Em fevereiro de 2016, os que consideravam a gestão Lula “campeã e corrupção” eram 20%; em dezembro de 2015, 17%, e em fevereiro de 2014, 12%, segundo o Datafolha.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

3 Comentários

  1. O choro é de tristeza mesmo, pois seria o fim de esperança de dias melhores, pois a eleição do dito cujo se provaria que a maioria de nossa sociedade é pobre de consciência e ética, que falta escola, cérebros iludidos pelo trololó falacioso de um papai noel vermelho que agora vem como “salvador” das encrencas que ele mesmo causou.

    O choro é de tristeza mesmo, pois vem prometendo fazer tudo o que causou essa grande crise que está aí. E ao fortalecer a ação nas causas da crise, isso traria como consequência o aumento de crise econômica, mais inflação, mais desempregos. Viraríamos uma Venezuela piorada. Terra arrasada. Causas => consequências. Quem toma decisões erradas tem de levar, mesmo. Esse país se merece. Bem feito, quem mandou nascer aqui?

  2. Um extrato da coluna do Tulio Milman de poucos dias atrás:

    ” [ ] …

    Os anos de Lula e de PT não foram de prosperidade. Foram de irresponsabilidade e de desmando. Geraram um gigantesco passivo econômico e social. Os 14 milhões de desempregados no Brasil são a herança viva desse delírio, no qual muita gente, inclusive eu, embarcou. Cheguei a acreditar que Lula era uma solução viável de diálogo entre opostos. Na verdade, era apenas um monólogo sedutor e vazio.

    Quando a eleição de 2018 se aproxima, é fundamental repor a verdade. Talvez a inevitável condenação criminal de Lula não seja suficiente. No Brasil e no mundo, as pessoas votam com o bolso. Pesquisas mostram que, especialmente no Brasil, ética e corrupção não são fatores decisivos na hora de escolher um candidato.

    Para que o Brasil não caia no mesmo erro e não corra o risco de enfrentamentos desnecessários, é preciso desmistificar esse falso viés de prosperidade alardeado pelo próprio Lula. É preciso repor a verdade: Lula teve a chance de arrumar o Brasil. Unia legitimidade popular e amplo apoio político. Jogou tudo fora.

    Por isso, a greve de sexta-feira vestiu uma espécie de máscara, a camada mais visível da inconformidade contra a crise, contra o colapso da Previdência e contra a roubalheira. A máscara é de Michel Temer. Mas nada disso começou agora. Lá atrás, na origem de tudo, está Lula. O problema que, agora, descaradamente, se apresenta como solução.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo