É MÚSICA. Concha Acústica é o símbolo da retomada de espaços públicos da cidade e sede de duas mostras
Por BIANCA PEREIRA (com fotos de Reprodução), da Equipe do Site
A ocupação de espaços públicos de Santa Maria para eventos culturais está crescendo a cada fim de semana. Até o fim do mês a Concha Acústica, no Parque Itaimbé, recebe sete bandas da cidade em dois eventos diferentes.
Realizado pelo Havanna’s Eventos, a 1ª Mostra Rock Autoral SM acontece neste domingo a partir das 14h30. A classificação é livre e a entrada gratuita.
O Havanna’s Eventos é uma empresa de aluguel de equipamentos para festas. Por muito tempo ficou conhecido como uma casa de festas e shows na cidade, utilizando o salão de uma igreja para isso. E em 2016 precisou fechar as portas para os grandes shows. Porém, a vontade de levar a cena musical e autoral de Santa Maria continuou viva nos donos da empresa, fazendo com que a 1ª Mostra Rock Autoral SM surgisse.
A ideia de ser na Concha Acústica veio pelo espaço ter retomado sua fama nos últimos anos de um dos palcos culturalmente mais aclamados e democráticos da cidade. Nele tocarão as bandas Falcony, Comissário Silas, Os Robsons e Super Simples.
Composta pelos irmãos Rafael Nascimento (vocal e violão) e Eduardo Nascimento (vocal, guitarra, harmônica e violão), Henrique Cereser (guitarra, violão e backing vocal), Rafael Diniz (contrabaixo) e Marcelo Fogaça (baterista), a banda Falcony toca uma mistura de rock e folk. Suas músicas trazem uma “vibe” positiva e suas letras são cheias boas mensagens. A banda que começou em meados de agosto de 2015 e reside em Santa Maria, gravou seu primeiro EP chamado “A Imensidão” e atualmente está divulgando este trabalho.
A Comissário Silas é considerada uma banda clássica do hardcore santa-mariense. O show marcaria uma das poucas vezes que os integrantes tocariam juntos desde o seu fim em 2005. A banda começou em 1998 e traz o hardcore melódico gaúcho gritado pela voz de Conrado Silas.
Fundada em junho de 2013, a banda Os Robsons é formada por Robson Oliveira, Flavio Mello, Marcus Maffini e Pablo Pohlmann. Natural de Santa Maria, é cheia composições recheadas de sarcasmo e pitadas de malicia romântica com amplificadores valvulado e guitarras vintage.
A Super Simples, de punk rock, também surgiu em Santa Maria em meados de 2015. Formada por Jacson na Voz e Baixo, Yuri na Bateria e Rafael na Guitarra e Voz, tem como principais influencias as bandas Ramones e Weezer.
Já no dia 28 de maio acontece o Conchapalooza. O evento, organizado pela banda Louis&Anas, que irá tocar neste dia, era para ter ocorrido no dia 9 deste mês, porém precisou ser transferido devido à chuva. A banda ressalta que é “importante valorizar as pequenas iniciativas. Afinal, reunir algumas bandas da nossa cidade, compartilhar equipamentos, realizar na raça um evento aberto é o que dá impulso cotidiano pra quem trabalha com música independente.”
Com o intuito de fazer um mini-festival aberto as bandas Louis&Anas, Viva Geringonca e Vespertinos subirão no palco da Concha Acústica.
A banda de soul music Louis&Anas é natural de Santa Maria e foi formada em 2012. Com inspiração retirada do rythm n’blues e da soul music norte-americanos, a banda investe sua energia musical em composições que mesclam os elementos clássicos desses gêneros com vertentes contemporâneas.
A banda Geringonça é uma mistura de música, teatro, vídeos, dança, humor e poesia. Com uma música voltada para além dos rótulos, enraizada na magia da canção cantável, da música que flui, conversa e diverte, sem maneirismos, sem estrionismos, sem complicação, a proposta da banda desde o início é do trabalho musical e artístico em primeiro plano. Os ritmos vão do tango ao samba, da balada ao soul, mas sempre pelos caminhos da MPH (Música Popular Humana).
Já a banda Vespertinos é composta por Martim Ronsini na voz, violão e gaita, Alexandre Araújo na guitarra e voz, Igor Fuchs no baixo e voz e Mateus Bonez na bateria. A banda, formada em 2013 também em Santa Maria, traz um som folk que levou a banda a lançar dois clipes oficiais, um EP e mais um single duplo.
Infelizmente muitos eventos com som alto acima do que manda o Código de Posturas até em pleno dia, causando perturbação do sossego público das pessoas, famílias, idosos e doentes que moram nos entornos.
Que cidade barulhenta. E irresponsável, nem os órgãos públicos respeitam o Código de Posturas.
Cadê o paquiderme do Centro de Eventos pronto para jogar essas pessoas lá dentro (com isolamento acústico, claro)?