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PRIVATIZAÇÕES. Enquanto Sartori estiver no Palácio Piratini, “esse risco é real”, é o que diz Valdeci Oliveira

Em 12 de junho, na Câmara de Vereadores, Valdeci Oliveira irá coordenar a audiência pública regional “Em Defesa do Banrisul Público”

Por MAIQUEL ROSAURO  (texto e foto/arquivo), da Equipe do Site

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) está preocupado quanto ao risco de privatização de dois ícones gaúchos, o Banrisul e a Corsan. É público o interesse do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na venda das duas instituições para garantir o ingresso do Estado no Plano de Recuperação Fiscal do governo Federal.

Em janeiro deste ano, em entrevista à imprensa, Meirelles chegou a dizer que Banrisul e Corsan eram as “joias da coroa” do Rio Grande do Sul, considerados ativos valorizados do Estado. Já este mês, após a Câmara dos Deputados ter aprovado proposta que trata da recuperação fiscal dos estados superendividados, o ministro desconversou sobre a necessidade de privatização das duas instituições como contrapartida.

Conforme o Planalto, o socorro aos estados e municípios mais endividados prevê a suspensão do pagamento da dívida com a União ao longo dos próximos três anos, exigindo como contrapartida uma série de medidas necessárias para equilibrar as finanças. Para o Rio Grande do Sul, a carência em 36 meses do serviço da dívida representará um alívio de R$ 9,5 bilhões.

A suspensão da dívida até o final do mandato de Sartori representaria uma economia de R$ 4 bilhões, período em que o Estado tem um déficit financeiro projetado de R$ 8 bilhões. Neste contexto, a alternativa para novos empréstimos se baseia na privatização da CEEE, Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.

Oficialmente, o Palácio Piratini nega a possibilidade de privatizar Banrisul e Corsan. Mas independente de qual estatal tentará vender, o Estado é obrigado a antes realizar um plebiscito. Mudar esta norma na Assembleia Legislativa é a meta de Sartori no curto prazo.

Valdeci entende que, no cenário de hoje, é difícil derrubar a necessidade do plebiscito já que a base de Sartori está enfraquecida e há forte mobilização popular contra a iniciativa.

“A prova disso é que, desde o final do ano passado, o governo não coloca nenhum projeto polêmico em apreciação no plenário da Assembleia, pois não conta com votos para aprovar. No entanto, não podemos subestimar a “fúria privatizadora” do governo Sartori. É fundamental continuar a luta para barrar esse retrocesso”, argumenta.

O deputado acredita que se não houver mobilização da sociedade, o governo tentará forçar a venda de Banrisul e Corsan.

“Enquanto Sartori estiver no Palácio Piratini, esse risco é real. O discurso oficial que nega a venda é apenas “cortina de fumaça”, pois o governador e sua equipem sabem que o tema é rechaçado pela sociedade gaúcha. Os movimentos sociais e populares não podem “baixar a guarda” na mobilização”, afirma Valdeci.

Em 12 de junho, às 18h, na Câmara de Vereadores, a Assembleia Legislativa irá trazer para Santa Maria a discussão sobre a possibilidade de privatização do banco. Nesta data, Valdeci irá coordenar a audiência pública regional “Em Defesa do Banrisul Público”.

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2 Comentários

  1. Querem privatizar a CEEE, se vai aparecer alguém para comprar é outra história. Governo vai querer empurrar um monte de pepinos para a iniciativa privada não vai conseguir. Em 2015 a empresa renovou a concessão por mais 30 anos, é o que tem valor. Mas a empresa pode perder a mesma, anda com problemas financeiras e o nível de serviço não está lá estas coisas.
    Corsan só se mantém pela política, fosse empresa privada já tinha quebrado. É a velha história, empresa pública, cara, ineficiente, presta um serviço “é o que a casa tem para oferecer” e se mantém porque ideologicamente um grupo acha que a população tem que pagar mais caro porque tem que ser serviço estatal e não pode existir lucro de particulares.

  2. Temos risco de …. melhorar? Ah, isso não pode. Privatizar não pode, nunca, a “cumpanheirada” e os comissionados não podem ficar sem mamar nos grandes úberes do Estado. E o partido não pode ficar sem a força política dos sindicatos, onde uma meia dúzia vota na chapa da “cumpanheirada” para fazer sempre o mesmo do mesmo: agitar, greves, barricadas etc…

    Não pode melhorar os serviços, não. A sociedade que paga a conta é só um detalhe. E não podemos pagar os enormes passivos do RS, não. Somos caloteiros e vamos ficar para todo e sempre caloteiros, que os professores e brigadianos continuem recebendo baixos salários (causas ==> consequências).

    Agora me diga, seu Valdeci, de onde se vai tirar o que se precisa para pagar os bilhões de precatórios, os depósitos judiciais, os passivos das outras estatais? Do seu bolso? Do bolso da “cumpanheirada”? Diga-nos. Tem de vender, sim, seu Sartori, vamos zerar os passivos.

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