Quais as causas da violência em Santa Maria? – por Maiquel Rosauro
Autoridades de diferentes áreas da segurança pública reuniram-se na Câmara de Vereadores na segunda-feira (8) para discutir as causas da violência em Santa Maria. A discussão ocorreu através de uma audiência pública proposta pela Comissão Especial de Segurança Pública da Assembleia Legislativa. Como resultado, diversos dados foram divulgados e expuseram as várias faces da problemática.
A falta de efetivo em diversos órgãos e a ausência do Estado em bolsões de pobreza na periferia da cidade foram apontadas como as principais causas da violência urbana. Porém, o tenente coronel Ricardo Hofmann, comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), foi além e apontou questões que geralmente não são discutidas pela sociedade.
“O modelo dos jovens muitas vezes é o bandido, o ex-presidiário que cometeu crimes e saiu da cadeia. Infelizmente, não temos autoridades como modelo a ser seguido pelos jovens”, desabafa Hofmann.
O comandante aponta que as drogas surgem como um pano de fundo dessa realidade, lembrando ainda que no país se idolatra o álcool, já que boa parte das músicas fala sobre cerveja ou cachaça. O contato com o mundo do crime, obviamente, leva à prisão. Todavia, a penitenciária não costuma ser o ponto final para quem entra nesse mundo.
“Nossos presídios são desumanos. A maioria é jovem que está lá dentro e será reincidente no crime. É frequente aqui em Santa Maria prendermos seis, sete vezes a mesma pessoa na mesma semana e ela seguir nas ruas”, lamentou.
Hofmann ressaltou que falta um trabalho de ética, moral e cívica no país, assim como o estímulo ao esporte. Não podemos virar as costas para os locais que mais precisam da estrutura do Estado, pois são estes os mais vulneráveis ao avanço da violência.
E não sejamos hipócritas. Um crime só ganha grande repercussão na mídia local quando acontece no Centro de Santa Maria. Até quando ficaremos de braços cruzados esperando a violência bater em nossa porta? Precisamos reivindicar, protestar e exigir mais atenção e investimento em segurança pública.
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