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Jogo do futuro. É fato. Se Sarney continuar presidente do Senado, deverá mais um favor a Lula

A tendência (com o parlamento, a prudência recomenda não fazer avaliações definitiva) é que José Sarney continue na presidência do Senado. Por uma série de razões, inclusive ou principalmente oportunistas, foi abandonado por alguns amigos históricos, como o DEM. Ainda assim, setores do Democratas e do PSDB, aliados contra o governo federal, também são amigos do maranhense e não lhe puxarão o tapete assim no mais – a menos que por baixo dos panos.

 

Mas, e esse é fato inescapável: Sarney, se continuar presidente, deverá sua vitória a uma única pessoa. Sim, Luiz Inácio Lula da Silva. Sem ele, o apoio do PT (no qual o Presidente da República manda e não pede) iria para o beleléu. Com Lula – com o petista Aluísio Mercadante (outro que ajudou o maranhense), na foto de Wilson Dias, da Agência Brasil – interessadíssimo em manter o pólo de poder no Congresso, e nadinha faceiro com a possibilidade de a oposição mandar no Senado, a situação que parecia complicada mudou completamente de rumo, entre a sexta-feira e o final de semana.

 

Claro, isso terá frutos futuros. É o jogo que se joga. Esse mesmo, o de 2010. E o PMDB se consolida, gostem não uns e outros, como o principal parceiro do PT e de Dilma Rousseff. Qual  e quantos peeemedebistas ainda não se sabe, mas a manutenção de Sarney no comando do Senado é algo que será lembrado por muito tempo. Ou ao menos o suficiente para que se dê a eleição presidencial.

 

Isso, por outro lado, levará a uma calma permanente o Senado da República? Pode ser que sim. Ou não. Mas a solução definitiva, esta sim, não houve, como mostra o texto do veterano observador do cenário político nacional, Villas-Bôas Corrêa, na coluna “Coisas da Política”, publicada no Jornal do Brasil. A seguir:

 

“A crise acabou sem solução

 

Manda quem pode, obedece quem tem juízo. O velho adágio fora de moda ajusta-se, como a luva nos dedos das madames, à atuação do presidente Lula, tentando botar ordem na crise do Senado e preservando os alinhavos para a sucessão presidencial.

Não se pode garantir que Lula tenha solucionado a crise com uma conversa na mesa de jantar com a bancada rebelada do PT, previamente amaciada pelos conselhos sensatos do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e de outros bombeiros improvisados, que afinal entenderam o que estava exposto com iluminação abundante: sem o apoio e os votos do PMDB, o esquema tático esboçado para a campanha eleitoral irá para o beleléu, levando na enxurrada a candidatura da ministra Dilma Rousseff, da escolha do presidente Lula e que algumas áreas do partido custaram a assimilar.

Mas a crise pode ser dividida em duas etapas: a do Senado, que ainda deve entrar pelo recesso parlamentar, pelas CPIs paralisadas pela maioria; e a da campanha, quando o bloco estiver na rua. Uma coisa engata na outra. As alianças partidárias para valer começam a ser desenhadas a partir da montagem das chapas, com os candidatos a presidente e a vice. Se os desacertos entre o PT, o PMDB e o DEM, além de outros partidos menores, não forem contornados agora, enquanto é tempo, cada um procurará o caminho da aliança possível.

Antes da chegada do ilustre viajante internacional, que passou três dias em Brasília, a pressão das lideranças oposicionistas para a renúncia ou o afastamento por pedido de licença do senador Sarney da presidência do Senado já tinha disparado para a implosão das alianças. O DEM exige a renúncia e admite a
…”

 

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