ECONOMIA SOLIDÁRIA. Bohn Gass em aos eventos e defende que ‘o povo deve ser protagonista na política’
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa dos Eventos
O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT) foi um do principais responsáveis pela realização da 24ª Feicoop. Ele destinou uma emenda de cerca de R$ 250 mil que foi essencial para a montagem da infraestrutura externa da Feira. Neste sábado, ele visitou o evento e defendeu a Economia Solidária como forma de resistência às políticas autoritárias.
“A Economia Solidária é uma resistência, precisamos obter políticas públicas que apoiem iniciativas do setor. Infelizmente, os governos Federal e Estadual vêm se retirando dessas áreas”, afirma o parlamentar.
Para Bohn Gass, a situação só irá mudar quando, sobretudo, o governo Temer sair do poder.
“Como na Economia Solidária o povo é o protagonista, na política o povo também tem que ser protagonista”, cravou o parlamentar.
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A Feira
A 24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e 13ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária iniciou sexta (7) e segue até domingo (9) no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria-RS.
O evento é organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria, e pela Prefeitura Municipal de Santa Maria, com apoio de dezenas de instituições, entidades e empresas.
Em 2016, a Feira recebeu 248 mil visitantes. Este ano, é esperado um público de 250 mil pessoas. A entrada é gratuita.
Horário de comercialização
Domingo (9) – das 7h30min às 18h
Exposição
São expostos na Feira cerca de 10 mil produtos, entre agroindústria familiar, artesanato, alimentação, hortifrutigranjeiros, plantas ornamentais, serviços e produtos de povos indígenas.
Feicoop no Facebook
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Informações sobre a Feira
Fale diretamente com o Projeto Esperança/Cooesperança pelos telefones: (55) 3219-4599 ou (55) 3223-0219. Contato também pelo e-mail [email protected] ou no site http://www.esperancacooesperanca.org/.
Finalmente. Não tem fortuna de ajuda governamental que faça pessoas comprarem algo que não tem mais espaço na consciência delas. Por isso se precisa de marketing, vermelhinho Bohn, já ouviu falar? É coisa de profissionais que entendem e percebem como as coisas das necessidades das pessoas funcionam. Torço para que a irmã, tendo a óbvia virtude de ser uma empreendedora nata, vá adiante, inspire-se para contratar e compartilhar equipes de marketing para seus afiliados para “captarem” o que as pessoas precisam hoje. Isso não é ideologia, é ciência, é medida de realidade, por isso funciona. Daí ninguém precisaria de governo nenhum (nem de vermelhinhos no governo), esses produtores finalmente cresceriam em todos os sentidos. Desapareceria a panfletagem ideológica e entrariam duas grandes virtudes: o profissionalismo e as novas competências para atender o mercado (o que as pessoas realmente querem comprar).
Mercado é um palavrão para vermelhinho, mas esse é o problema de se ter uma ideologia, fica-se esquizo com relação ao óbvio. Mercado é simplesmente pessoas atendendo a necessidade de outras pessoas, mas que mudam a todo momento. Quem não atende necessidade dos outros, desaparece em importância. Isso é ruim? Não. Faz as pessoas precisarem se educar (educação formal), aperfeiçoarem-se, expandirem-se, serem “mais antenadas”, investirem, continuamente. Círculos virtuosos. Isso existe desde o tempo em que, vivendo em grupo, paramos de viver de coleta e passamos a viver dos serviços uns dos outros, criando nossa relação de interdependência de todos. O mercado (pessoas atendendo umas as outras) é que nos colocou um pé no tempo da civilização, até os comunistinhas sabem disso.
Seu Bohn, não há política pública pública que faça as pessoas comprarem produtos que elas não querem. As pessoas mudam e daí mudam de necessidades. Não queremos mais lampiões nem charretes. A economia se diversifica e as concorrências pelo dinheiro que cada um tem se amplificam. As dietas mais conscientes tiraram o açúcar da “lista de quereres” de muitas pessoas, por isso muitos dos produtos da “economia solidária” não terão compradores, pois feitos de forma tradicional. Quem produz precisa se tocar disso. Artesanato que não for considerado arte não vende. O governo pode gastar milhões em apoio para pedir para as pessoas comprarem cestas indígenas, e vão vender duas. Cesta indígena para quê, hoje em dia? Isso é a realidade. Mercado real (que reais necessidades têm as pessoas?). Marketing. Profissionalismo. “Estar antenado”. Isso sim gera dim-dim.
Povo protagonista na política? Não é bem assim, não é vermelhinho? Para vocês, povo bom é aquele que vira cabresto eleitoral. É aquele que nas “assembleias populares” é informado, em via de mão única, como o partidão pensa e vai agir, mesmo que seja algo caduco e não funciona, mesmo que o povo saiba que não funciona. Povo bom é aquele que numa greve promulgada por dirigentes filiados a vocês não pode reclamar dos serviços públicos essenciais ficarem parados. Povo bom é aquele que não reclama de um SUS precário, da falácia das cotas sociais, de uma escola pública ruim, que vocês nunca deram jeito. Mas o problema é o Temer. “Povo protagonista”, seu Bohn, é aquele que é enrolado por todos os partidos a cada dois anos, com promessas e esperanças vãs, inclusive pelo seu partido, e a coisa nunca melhora, só piora.
Editor é campeão. No rádio diz que não divulga “candidatos de fora, não importa o partido”. No caso do PT, a desculpa é a feira.
As últimas “greves gerais” deixaram claro que os petistas não podem falar em nome do “povo”. Só enganam uma minoria mais ignorante.