Ciência

CIÊNCIA. Orlando Fonseca e as mudanças no quilo

“Em minha infância, na Vila Carolina, ficava admirado com aquelas peças de metal, lustrosas, brilhantes, para mim algo aparentado com a prata, que os carroceiros usavam para pesar toda sorte de coisas, como batatas, feijão, miúdos de gado. Na venda do Seu Ataídes, também eram usadas de vez em quando, pois havia uma balança com um ponteiro que marcava o peso certo. Assim que aprendi a acolherar as letras, lia na plaquinha: “Filizola”, um nome ao mesmo tempo engraçado para uma máquina – parecia-me faceira demais – e instigante quanto aos possíveis significados. Na feira também me deparei com umas peças sem brilho, com o ferro escurecido e cascudo pelo manuseio.

Naquele tempo, intuía que eram providências necessárias para garantir o quilo de açúcar, farinha ou cebola. O que sequer passava pela minha imaginação era onde residia mesmo aquilo que conferia tal equivalência. Alguns anos mais tarde, eu me deparei com um quadro que a nossa professora do primário nos mostrou, para indicar os diferentes pesos, enquanto passávamos a lição sobre medidas de grandeza. Mesmo com tal evolução de conhecimento, jamais me deparei com a origem do sistema e o que garantia a honestidade dos vendedores – ou quanto perdia em gramas a nossa ingenuidade…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “O quilo”, de Orlando Fonseca, e também para descobrir qual o livro o autor está lendo. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.

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