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Os verdadeiros excluídos – por Luciana Manica

… a inclusão social e a ausência de padrões. Não me refiro aos padrões de conexão, de tamanho, de regras da “ABNT”. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! A sociedade precisa de standards, mas padrões outros, que não os que levam à discriminação, como: gordo, magro, alto, baixo, feminino e masculino, “saudável” e deficiente, bonito e feio, etc.

A sacada de inclusão foi muito bem dada pela Dove ao criar diversos tipos de embalagens para o mesmo produto, remetendo à ideia de diferentes formatos de corpo. Nessa jogada de marketing conseguiu materializar um tipo de identificação com cada pessoa. Só faltou abarcar diferentes cores para referendar o branco, o negro, o pardo, o amarelo, etc (#ficaadica).

De outro lado, já temos moda inclusiva, feita para quem é portador de nanismo ou fora dos “padrões” de altura, superando o até então classificado como “normal”. Temos também confecção para qualquer gênero (estampas e designs “assexuados”). Há ainda aquelas adaptadas para pessoas que não possuem um membro, cadeirantes ou deficientes visuais.

As apresentações de teatro, cursos e aulas passaram a ter mecanismos para que deficientes auditivos e/ou visuais pudessem rir, chorar, aprender, vibrar com os espetáculos. Museus criaram espaços cada vez mais interativos, atiçando todos os sentidos, que não só a visão e a audição, trazendo outras diferentes sensações com o vento, água, frio, calor, ou ainda por meio do olfato e paladar.

A necessidade apresentada por diferentes deficiências incentiva a criação de invenções para melhorar o cotidiano das pessoas. Não só etiquetas em braile foram desenvolvidas, mas também um software instalado no celular lê o código da etiqueta, passando informações como cor, tamanho, modelo e material da peça. Ou ainda, jogos voltados para portadores de Síndrome de Down, servem para estimular memória e coordenação motora.

Um sistema de cadeira de roda foi criado para ser acionado por meio sopro, e outro por comandos de voz, e por aí vai. As diferentes deficiências permitiram que o comércio de produtos e serviço inovasse e ao mesmo tempo, abarcasse esse nicho de mercado até então desconsiderado e inexplorado.

Não sabemos se amanhã não seremos nós a fazer uso dessas invenções. O fato é que essas transformações (de pensamento e de ação para a inclusão) são fundamentais, trazendo qualidade de vida aos usuários e familiares, uma vez que o empoderamento por meio da independência e aceitação por todos é primordial.

Fique atento: se não acompanhar essas mudanças, seja como pessoa, seja como empresário, o excluído será você!

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