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PERDA. Morre Celito De Grandi, grande jornalista. Ele, o irmão Luizinho e a cunhada Zaira recriaram A Razão

Tinha muitas divergências com o cara. Mas era um grande amigo e incentivador, e sou eternamente grato. Lembro especialmente da campanha presidencial de 1989. Teria muitas histórias para contar, como deve lembrar também a colega Clotilde Gama que, comigo, dirigia a redação d’A Razão, naqueles tempos de democracia imberbe. Mas o fato é que era um grande jornalista. Um texto quase inigualável. E um incrível espírito aventureiro, na investigação dos fatos que redundariam em notícia.

Também poderia lembrar da última vez que conversamos, não faz nem um mês. Em que ele me perguntava coisas d’A Razão para um artigo que estava escrevendo, e foi publicado logo após o aniversário de 80 anos do jornal. 15 minutos de um papo sempre muito legal – em que falou também sobre a paixão pelo texto bem escrito, agora que se dedicava integralmente à literatura.

Celito de Grandi, um incrível jornalista que valorizava o texto. Sobraram poucos
Celito de Grandi, um incrível jornalista que valorizava o texto. Sobraram poucos

É só o que me ocorre dizer, neste momento em que descubro que Celito De Grandi partiu agora à noite. Uma perda e tanto para os que gostavam dele, como eu, e especialmente para o jornalismo e a reportagem. A propósito do fato, acompanhe material que A Razão – que, com o irmão Luizinho e a cunhada Zaira, ambos falecidos, ele ajudou a recriar, lá por 1986, quando o trio adquiriu o jornal, dos Diários e Emissoras Associados – acaba de publicar em sua versão online:

Morre o jornalista Celito De Grandi

Faleceu nessa sexta-feira, aos 72 anos, em Porto Alegre, vítima de complicações decorrentes de um AVC, o jornalista Celito De Grandi.
Celito nasceu no dia 16 de fevereiro de 1942, em Marcelino Ramos, divisa com Santa Catarina, onde seu pai foi líder emancipacionista e prefeito por dois mandatos.
O interesse pelo jornalismo iniciou quando ainda era adolescente e, aos 15 anos, já atuava como secretário de redação do jornal O Semeador. Em 1961, já em Porto Alegre, ingressou no Diário de Notícias – que integrava os Diários Associados – para fazer parte da nova equipe do jornal que estava sendo estruturada na época.
Em 1975, foi convidado para atuar na Delegacia Regional do Trabalho com a missão de criar canais de diálogo entre lideranças sindicais, empregados e empregadores. Ao longo da década de 80, Celito ocupou ainda outros três cargos públicos.
Em 1982 Celito e seu irmão Luizinho De Grandi, casado com Zaira De Grandi (que faleceu em agosto deste ano), decidiram comprar o Jornal A Razão, de Santa Maria. Em 1992, Celito decidiu dar novos rumos para a vida profissional: se aposentou da função de jornalista concursado do governo estadual.
Desde então, a literatura vinha sendo sua atividade única e exclusiva. Publicou o primeiro livro, “Loureiro da Silva, o Charrua”, em 2002, pelo qual recebeu o Prêmio Açorianos de Literatura como Autor-Revelação e participou de diversas obras de contos literários.
Também ocupou vários cargos públicos entre os quais o de coordenador-geral da assessoria de comunicação do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2004, durante o governo Germano Rigotto.
Celito deixa o filho Rodrigo, engenheiro civil, e os netos Gabriel e Henrique.
Celito está sendo velado no Crematório Metropolitano, onde será cremado. Até o fechamento desta edição, o horário da cremação ainda estava sendo definido. Conforme o filho Rodrigo, o horário mais provável será às 18h deste sábado.”

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