CÂMARA. “Muitos professores estão até ameaçados de entrar em uma sala de aula”, diz líder do governo
Por Maiquel Rosauro
A greve dos educadores estaduais foi motivo de debate na tribuna da Câmara de Vereadores de Santa Maria nessa terça-feira (24). O líder do governo no Legislativo, Manoel Badke – Maneco (DEM), defendeu que a Casa faça um documento para sensibilizar o CPERS/Sindicato a retornar às aulas, pelo menos, para turmas do 3º ano do Ensino Médio. Ele também afirmou que os professores são ameaçados caso desejem lecionar.
“Muitos professores estão até ameaçados de entrar em uma sala de aula. E eu sei bem porque sou professor e numa ocasião não queriam que eu desse aula. Eu disse que na minha sala de aula eu tenho autonomia”, afirmou Maneco, que é professor na UFSM.
Confira a declaração completa do vereador:
O discurso do democrata ocorreu após as manifestações dos vereadores João Kaus (PMDB), que criticou os educadores por seguirem em greve após terem recebido seus salários, e de Daniel Diniz (PT), que defendeu os servidores na luta pelo fim definitivo do parcelamento e atraso de salários.
Mais cedo, Maneco também criticou o CPERS ao tratar do convênio que o Executivo pleiteia junto ao Instituto de Previdência Estadual (IPE). Segundo o democrata, o Sindicato pensou apenas no próprio umbigo e inviabilizou o acerto entre a autarquia e a Prefeitura de Santa Maria, posicionando-se de forma contrária no Conselho Deliberativo do IPE.
Greve sem data para ser encerrada
A greve dos educadores estaduais teve início em 5 de setembro e segue sem data para ser finalizada. Nessa terça, em Porto Alegre, governo e CPERS voltaram a se reunir, mas novamente o encontro terminou em impasse.
Também nessa terça, dezenas de pais atenderam ao chamado do governo e compareceram às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) para transferirem seus filhos para escolas estaduais que não estão em greve. Todavia, o remanejo tem gerado dúvidas e críticas, já que não se sabe como as aulas perdidas serão recuperadas em instituições que, hoje, não estão paradas.
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