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CÂMARA. Grupo de vereadores dissidentes da base se une à oposição para virar a eleição da Mesa Diretora

Ainda falta mais de um mês para a escolha da nova Mesa. Porém, um grupo que une dissidentes da base e oposição já está formado

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto/arquivo), da Equipe do Site

Os corredores da Câmara de Vereadores de Santa Maria estão fervilhando devido às negociações para a composição da Mesa Diretora de 2018. Após meses de discussões, seis parlamentares da situação firmaram um acordo com a oposição da Casa. Na sessão dessa quinta-feira (11), o grupo deu o seu primeiro sinal de força.

O site conversou com oito fontes de sete partidos (um de oposição e seis da base do governo) na tarde de quinta, no Legislativo, para entender os detalhes e as consequências do acordo. Todos aceitaram falar, desde que mantido o anonimato.

Conforme a apuração, o grupo dos dissidentes é liderado pelo vereador Alexandre Vargas (PRB) e, junto a ele, somam-se Adelar Vargas – Bolinha (PMBD), Deili Silva (PTB), Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB), Marion Mortari (PSD) e Ovídio Mayer (PTB).

Os seis fecharam um acordo com os oposicionistas Celita da Silva (PT), Daniel Diniz (PT), Jorge Trindade – Jorjão (Rede), Luciano Guerra (PT) e Valdir Oliveira (PT). Juntos, são onze vereadores. O número é suficiente para vencer a eleição para a Mesa Diretora, que será realizada apenas no fim do ano, já que do outro lado restariam dez parlamentares. Todavia, a parceria é prevista apenas para a eleição, ficando os vereadores da oposição de fora da composição da Mesa.

Para a presidência da Casa dois nomes são cotados: Alexandre Vargas e Bolinha. A vice-presidência, a princípio, deve ficar com Deili.

Segundo as fontes do site, o grupo está fechado e há 99% do acordo vingar. Os dissidentes do governo entendem que não estão indo para a oposição ao governo Pozzobom, mas formando uma chapa neutra.

Entre os motivos citados para a ruptura com a base estão: “descontentamento com o governo Pozzobom”, “não atendimento a demandas dos vereadores, “ausência de respostas a requerimentos”, “indiferença com o trabalho do Legislativo”, “projetos que o Executivo tenta a aprovação de forma rápida e sem discussão com os vereadores” e ainda recentes declarações do prefeito na imprensa, o qual afirmou que não pretende ouvir os edis para determinadas demandas.

Pesa também o fato de o vereador Manoel Badke – Maneco (DEM), na atual composição original da base, ter sido o escolhido para assumir a presidência da Casa em 2018. Alguns parlamentares entendem que um colega que será investigado no caso da obra do novo prédio da Câmara não pode assumir a presidência.

Governo contra-ataca e ameaça corte de CCs

O surgimento do Grupo dos 11 não passou despercebido pelo governo. Nessa quinta, a Casa Civil fez enorme pressão nos parlamentares ameaçando a demissão de cargos de confiança (CCs). Porém, a estratégia gerou uma enorme indignação, sobretudo, em Alemão do Gás, que na terça já havia chamado a atual gestão de “péssima”.

Todavia, o parlamentar que mais deve ser assediado nas próximas semanas é Bolinha. O secretário estadual de Segurança, Cezar Schirmer (PMDB), e até o governador José Ivo Sartori (PMDB) devem entrar em contato com ele na próxima semana para dissuadi-lo da ideia.

Caso Bolinha se mantenha firme, ele irá enfrentar um desgaste enorme dentro do PMDB e perder CCs no Executivo. Por outro lado, irá ganhar protagonismo nas ações desenvolvidas pela Casa.

A confiança de que o acordo vai vingar é tanta que já ocorrem sondagens para nomes de CCs da Mesa Diretora. No total, 16 vagas devem ser preenchidas.

Grupo dos 11 se rebela

A primeira demonstração de força do Grupo dos 11 ocorreu no Plenário, nessa quinta. Alexandre Vargas usou a tribuna para solicitar tempo para uma reunião e citou um a um os parlamentares do novo grupo.

Confira no vídeo abaixo o momento em que Alexandre Vargas convoca o grupo e veja a reação de espanto da atual Mesa Diretora:

A nova composição de forças da Câmara:

Grupo dos 11

Adelar Vargas – Bolinha (PMDB)

Alexandre Vargas (PRB)

Celita da Silva (PT) – oposição

Daniel Diniz (PT) – oposição

Deili Silva (PTB)

Jorge Trindade – Jorjão (Rede) – oposição

Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB)

Luciano Guerra (PT) – oposição

Marion Mortari (PSD)

Ovidio Mayer (PTB)

Valdir Oliveira (PT) – oposição

Base do governo Pozzobom

Admar Pozzobom (PSDB)

Cida Brizola (PP)

Francisco Harrisson (PMDB)

João Kaus (PMDB)

João Ricardo Vargas (PSDB)

Juliano Soares – Juba (PSDB)

Lorena Santos (PSDB)

Luci Duartes – Tia da Moto (PDT)

Manoel Badke – Maneco (DEM)

Vanderlei Araujo (PP)

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4 Comentários

  1. Com a devida vênia, discordarei do @Gordo. Os metros quadrados não me preocupam, a questão é a inutilidade e os muitos reais jogados fora.

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