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ELEIÇÕES. Graúdo petista fala em rever política de alianças e admite acordos com “prós-impeachment”

PT deve rever proibição alianças com siglas pró-impeachment, por conta da candidatura Lula. Ao menos é o que pensa liderança paulista

No CORREIO DO POVO, com informações d’O Estado de São Paulo e foto de Paulo Pinto/Agência PT

O ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho é um dos petistas mais próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ex-ministro do Trabalho e da Previdência, o ex-prefeito, alçado ao posto de pré-candidato ao governo de São Paulo, afirmou que o PT tem de rever, para as eleições de 2018, a proibição de alianças com os partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff para “recuperar a maioria do povo brasileiro”.

Presidente estadual do PT em São Paulo, Marinho disse que uma candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad ao Senado depende de convencer o vereador Eduardo Suplicy a disputar uma vaga na Câmara. Sobre o PSDB, seu adversário direto na corrida ao governo do Estado, afirmou que está na hora de o partido sair do Palácio dos Bandeirantes.

Qual deve ser o arco de alianças do PT em 2018?

É muito cedo para falar disso porque vai ter uma evolução muito grande na chegada. Acredito em um monte de mudanças no início do ano, inclusive mudanças de partido até março. E a grande definição passará pela candidatura do Lula. E isso que vai definir o arco de alianças do PT no Brasil inteiro, inclusive em São Paulo.

O PT deve fazer alianças com partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff?

Veja, nós temos que recuperar bases. A maioria do povo também apoiou o impeachment e nós queremos recuperar a maioria do povo. Não vejo a necessidade de um grande arco de alianças para a candidatura do Lula. Vamos precisar de uma grande aliança para governar, no Congresso. Mas isso pode se dar no processo eleitoral ou pós-eleições. Agora vamos analisar no sentido de ganhar a eleição. Depois se tomam providências sobre composição da base no Congresso.

Está havendo uma reaproximação do PT com o PMDB?

O PT voltou ao governo do Renan Filho (PMDB) em Alagoas. Depende da movimentação do lado de lá. O PMDB nunca foi um partido nacional, sempre foi uma federação de caciques nos Estados. Então vai depender do posicionamento do partido em cada Estado. Mas não enxergo qualquer possibilidade de aliança com o PMDB em São Paulo porque o Michel Temer é de São Paulo. Agora, em alguns Estados, eventualmente pode acontecer.

Mas isso contraria uma decisão do Diretório Nacional do PT.

Seguramente o diretório vai revisitar esse tema e vai saber trabalhar a complexidade momentânea da política brasileira. Reposicionamentos eventuais podem acontecer, mas não vai ser um “liberou geral”. Mas o PT deve permitir aliança com partidos que apoiaram o “golpe”.

Lula disse que o eleitorado de Dilma se sentiu traído pelas mudanças na política econômica. O senhor concorda com isso?

É um sentimento. Sentimento não se muda. O sentimento do eleitorado realmente foi esse. Em 2014 já tinha muita gente reclamando da Dilma, depois com a história do Joaquim Levy ministro (da Fazenda) de fato se colocou dessa forma.

O PT errou ao não insistir para que Lula fosse o candidato em 2014?

O PT insistiu. Lula é que não autorizou porque achava que era um direito legítimo da Dilma reivindicar a reeleição e porque não era um movimento fácil também. Já vimos outros movimentos assim que não deram certo. A partir do momento em que a Dilma reivindicou a vaga o movimento acabou sendo contido. Mas isso não tem volta.

Qual a possibilidade de o nome de Lula estar na urna em 2018?

Noventa e nove ponto nove por cento.

O que dá tanta certeza?

As circunstâncias do processo. Delação premiada não serve para condenar. É uma sentença fadada a ser revisada. Dizer que os tribunais superiores vão confirmar uma sentença dessas é chamar todo o Judiciário brasileiro de esdrúxulo…”

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11 Comentários

  1. Governo brasileiro ainda tem “golden shares” da Vale, consegue interferir nas operações, negociando se consegue quase tudo. Lá pro norte ainda existem linhas de trem de passageiros que são tocadas pela empresa, só não fecham por causa das ditas cujas.
    PMDB e PT estão conversando (além do acordão feito com os tucanos) para conseguir imunidade para o Molusco e para Temer, melhor para “ex-presidentes”. Objetivo é passar 2018, continuar tudo como se nada tivesse acontecido e a Lava a Jato é coisa da Globo. Até não seria nada, o pior é que vão quebrar o país de novo, não chegou a década perdida, o encolhimento no PIB.

  2. Lembra, seu Brando, de uma conversa gravada em que o Joesley, a eminência parda que mandava pelos bastidores do poder há décadas, pediu para o Aécio interferir na vaga da presidência da Vale? Mas a Vale não foi privatizada? E o Aécio nem governo era.

    Há uma quadrilha multipartidária que se blinda e escancara como esse país está podre. Mas os “salvadores” nessas mesmas quadrilhas prometem nos salvar deles mesmos, em 2018. O que andam colocando na água para bebermos? Serão os Illuminatis?

  3. Com religião não se brinca. É naquela base: “Temer meteu a mão e tem que se ralar, Aécio tem os seus direitos, Lula deu dinheiro para os pobre e o resto não interessa”.

    1. k k k… Faz lembrar o Palocci que chamou o (ex-)partido dele de seita.

      Mas não é só no partido dele que isso acontece. O caso Aécio é de chorar mais, pois mostra uma realidade expandida e mais dolorosa. A blindagem não ficou só na seita do partido dele. A maioria do Senado blindou-o, escancarando o quanto esse país tem lacaios multipartidários, funcionando como um clube de privilegiados “sem cor nem sabor”. Logo o Senado, que nas décadas recentes parecia ser um filtro mais qualificado para não deixar acontecer essas coisas.

  4. Em essência: o poder, as benesses do poder (blindando políticos criminosos de irem para a cadeia e ainda aumentando a chance de virarem estátuas), ideologias malucas que nunca se provaram salvadoras de nada, colocam sociedades de milhões vivendo dentro de um hospício de consciência miserável. O que acontece hoje no Brasil não é nossa exclusividade. Por que a democracia nos países terceiros-mundistas está sendo tão mal usada e maltratada? Por que teremos de encarar 2018 sem a devida limpeza jurídica dos que comprovadamente usaram a coisa pública em proveito próprio? Por que teremos de engolir candidatos aventureiros, outros incompetentes e outros radicalmente malucos (na defesa de ideologias sem pé nem cabeça)? Por que centenas de milhões vão votar nessas pessoas? Esse é o deprimente cenário para 2018 e 2020 e 2022 e sabe-se lá até que século.

  5. Para os partidários, um líder não pode morrer, pois toda ideologia e os “vírus” que a mantém vivas nos cérebros têm grande chance de serem extintas ao mesmo tempo.

    Quem gosta de morrer ideologicamente, que significaria perder uma missão de vida de décadas?. Para muitos, a ideologia é a motivação que os faz levantar da manhã. “Salvar o mundo”. Uma ideologia virar pó é pior que um filho morrer. Por isso esse “mundo esquisito” que se vê todos os dias de muita gente na defesa dos líderes “dom quixotes”, seja usando a lei, seja usando formas desonestas de argumentação.

  6. E os partidários, qual é a deles? Ora, toda ideologia, mesmo que seja maluca, tem líderes e seus soldadinhos de chumbo. Aquele vírus que se pega na juventude também cria uma moral relativa. Os políticos envolvidos em crimes usam seus partidários como forma de blindagem por causa da motivação ideológica. Ideologia é a “cola” que une pessoas de bem em torno de líderes, mesmo que com o passar do tempo se descubra que são criminosos, pois é preciso defender os “nossos salvadores”, custe o que custar, porque líderes e ideologias se confundem.

  7. Temos uma lei que injustamente trata uma minoria de forma diferenciada – blindando vários partidos de serem julgados como quadrilhas e centenas de políticos de serem julgados como criminosos (graças ao foro privilegiado)-, sob a bênção de um STF “esquisito” (pois geralmente político, e não jurídico) – que abranda penas, solta condenados e atrasa demais o julgamento de políticos suspeitos-.

    Essa lei injusta e os vieses políticos dos seus julgadores principais mantém a possibilidade de quadrilhas de gravata continuarem pregando sua missa como “salvadores da pátria” em programas eleitorais “gratuitos” e continuam com o poder de democraticamente ser eleitas para governarem um país. E pior, tem milhões que querem votar nelas.

  8. “O que dá tanta certeza? Delação premiada não serve para condenar”.

    E as dezenas de provas que confirmam as delações?

    “Vamos jogar tudo debaixo do tapete porque moro no mundo do avesso, a realidade que vivo é só uma questão de ponto de vista … ideológico”…. k k k. Rir para não chorar. Esse país é muito atrasado mesmo.

  9. Às favas os escrúpulos, a ideologia e as convicções. Tudo pelo “puder”, dinheiro fácil e cabides para a cumpanheirada.

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