Por FRITZ R. NUNES (texto e foto), com a colaboração do Andes-SN, da assessoria da Sedufsm
O julgamento do presidente Lula nesta quarta, 24, no TRF4, em Porto Alegre, gerou intenso debate na segunda, 22, no 37º Congresso do ANDES-SN, que acontece no campus da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), no bairro do Cabula, em Salvador, no qual estão presentes 581 pessoas, entre delegados (as), observadores (as), convidados (as) e diretores (as) do Sindicato Nacional. Ainda durante a plenária de instalação, na parte da tarde, integrantes do coletivo “Renova ANDES-SN” insistiram para que pudesse ser apresentada uma moção intitulada “Eleição sem Lula é fraude”.
A apresentação e apreciação da moção acabou ficando para o debate da plenária do Tema I, que tratava da análise de conjuntura e centralidade na luta. Além da moção do ‘Renova’ também foi apresentada uma da diretoria do ANDES-SN, baseada em nota pública divulgada ainda na sexta-feira, falando da seletividade da justiça no caso do ex-presidente petista, e uma terceira, do Coletivo ANDES em Luta (CAEL), que se opunha frontalmente a qualquer moção que tratasse do julgamento de Lula. A moção aprovada foi a encaminhada pela diretoria do ANDES-SN.
A moção aprovada destaca que, como o sindicato já denunciou no 61º CONAD, na atual conjuntura explicita-se e aprofunda-se o alinhamento político entre os poderes executivo, legislativo, judiciário e a grande mídia, com destaque para a ação do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliando-se para segmentos do Ministério Público e da Polícia Federal, que demonstram total subordinação aos interesses políticos dos representantes do capital.
Em defesa da democracia, sem tratar de eleições
“A condenação de Lula, seletiva e com fins eleitorais, se confirmada em segunda instância, é mais um ataque às poucas liberdades democráticas conquistadas e pode servir para o aprofundamento da criminalização das lutas sociais. Posicionar-se contra a seletividade da justiça que, neste caso, pode inviabilizar a candidatura de Lula, reafirma a histórica postura deste Sindicato em defesa da democracia. Isto não significa nem pode resultar em apoio a qualquer candidato/a no pleito eleitoral de 2018. Ao contrário, o ANDES-SN deve se manter autônomo e independente de partidos, governos, religiões e reitorias e reafirmar a necessidade de construção de uma alternativa classista dos/das trabalhadores/as, a qual não pode ser assumida nem pelo neoliberalismo, nem pela sua variante da conciliação de classe”, afirma o texto.
Confira aqui a íntegra da moção.
PARA LER A ÍNTEGRA DA MATÉRIA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.
É deprimente como uma academia ideologizada vira um trampolim para o nada.
Ou olham a realidade no viés conveniente, só olham até o ponto que podem usar argumentos ideológicos que lhes trarão um resultado político (sempre pequeno, de poder) ou a manutenção de regalias. É deprimente porque se esperaria de um grupo de privilegiados cognitivos que fazem ciência, no mínimo, que estivessem a altura da repsonsabilidade civil de transformarem o mundo para melhor pela capacidade cognitiva de estudarem a realidade e agirem com eficiência a partir disso, não para defenderem suas ideologias (crenças) do conto de fadas, surreal, irreal, pensando só no bem estar da bandeira e dos poderosos que a sustentam. Não estão pensando na real democracia e da importância de se fazer política decente e responsável. Não estão nem aí para outra realidade: a quebradeira da Perevidência, que inviabilizará o Estado brasileiro para fins sociais, mesmo que o Estado sempre tenha sido incompetente e omisso para isso.
Daí o mínimo que se espera de professores de uma ACADEMIA não é esse fiasco aí, quando uma visão ideológica se sobrepõe á realidade dos fatos, com uma visão míope, pequena, meramente ideológica, de bandeira, colocando em cheque a própria capacidade cognitiva dos dirigentes que são professores de academia, vejam bem. Se professores de academia que devem fazer ciência, devem profissionalmente ter capacidade de deixarem suas crenças ideológicas de lado, sejam religiosas, sejam políticas, para fazer ciência de fato, de estudarem a realidade com eficiência, vêm nos dizer, sem vergonha de passar ridículo, “A condenação de Lula, seletiva e com fins eleitorais”… “servir para o aprofundamento da criminalização das lutas sociais.”… é de uma mediocridade cognitiva deprimente, porque só tem ideologia, nada de realidade.
Que isso é era uma visão do tempo que não se fazia ciência, fazendo parte de um contexto de um sistema de crenças. Crença. Que enquanto não for evidência, não vale nada. O cientista de verdade de uma academia, com responsabilidade inerente, vai estudar para a realidade e ver como ela funciona de verdade. Se ele for um acadêmico de verdade, dar-se-á conta, mais dia menos dia, pelos dados que colherá, que a Terra não é o centro do universo . Isso é como se faz um trabalho profissional na academia suando o método científico, dados, fatos, estudando a REALIDADE, doa a crença que doer. Ideologias (que são meros sistemas de crenças) devem ser colocadas de lado porque não estão no mundo das evidências, estão no mundo das crenças, óbvio. Da mesma forma o mundo das ideologias políticas. São literalmente “capadas” nos neurônios para perceberem a realidade e agirem com maestria eficiente, pois não olham para a realidade.
O tema envolve a academia. Lugar sagrado que exala conhecimento em qualquer lugar do mundo. Fonte de geração de conhecimento que gera curas e soluçoes de problemas das nossas vidas de forma cada vez mais inimaginável. Lugar de cabeças pensantes *em cima da realidade da vida e da matéria. Conhecimento que advém de colocar os neurônios a trabalhar, fazendo levantamento de dados da realidade, resolver problemas, encontrar evidências, ou seja, uma matriz de cérebros que se coloca no foco absoluto na realidade, doa a religião que tiver ou ideologia política que tiver. Se um cientista adora a Bíblia e lá está escrito que a Terra é o centro do universo, ele precisa ter capacidade cognitiva para perceber que estando no mundo acadêmico, isso não é nada.
Volto no assunto porque é emblemático e deprimente nesse país tão pobre em termos materiais, e principalmente pobre na capacidade cognitiva para se construir um trampolim para o Primeiro Mundo rico e próspero.
O sindicato defende a democracia, desde que o candidato da ideologia dos dirigentes do sindicato, não dos professores, aquele candidato que é um corrupto, devesse ser julgado pela Justiça como não criminoso.
Mas defendem a democracia. E claro, não tem candidato, são “isentos”. E são adultos e extremamente “transparentes” no que falam. Não é um mundo do avesso?