CÂMARA. Subcomissão que investiga suposta quebra de decoro de Francisco Harrisson volta à estaca zero

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Camila Nascimento/AICV), da Equipe do Site
No dia em que todos acreditavam que seria colocado um ponto final no caso da suposta falta de decoro parlamentar do vereador Francisco Harrisson (PMDB), o processo retornou à estaca zero. O relatório da vereadora Deili Silva (PTB) que indicava uma advertência por escrito ao peemedebista foi rejeitado pelos demais membros da subcomissão de ética da CCJ, Manoel Badke – Maneco (DEM) e Vanderlei Araujo (PP), revisor.
Como a relatora foi voto vencido, uma nova subcomissão de ética foi formada, desta vez formada por Araujo, agora como relator; Maneco, revisor; e João Kaus (PMDB), na condição de membro. O prazo para encerramento dos trabalhos é de três meses.
A subcomissão investigava, desde o dia 13 de março, uma postagem de Harrison publicada no Facebook, em 9 de dezembro, no qual chamava de “bando de inúteis e sem conteúdo” os vereadores Celita da Silva (PT), Daniel Diniz (PT), Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB), Luciano Guerra (PT) e Valdir Oliveira (PT); todos membros do Grupo dos 11 (clique AQUI para mais detalhes).
A formação de uma nova subcomissão enfureceu os parlamentares do G11, que rotularam como sendo uma blindagem política a Harrisson, que é pré-candidato a deputado federal. A bancada petista inclusive promete analisar juridicamente o trabalho individual dos membros da comissão.
Conforme o site apurou, a queixa do G11 ocorre em relação ao voto de Araujo. O entendimento é que, na condição de revisor, ele deveria ter alertado Deili em relação às alterações que considerava ser pertinentes no relatório final.
O site entrou em contato com o progressista, que foi sucinto ao explicar seu voto.
“Voto meramente técnico, orientado pela minha assessoria jurídica”, argumentou o vereador.
G-O-L-P-E-! Especialidade política desse pessoal.