LÁ DO FUNDO. A brabeza do Kaus, o março agitado, vereadora “bicuda”, o prefeito não “homologa” sanção
– Publicamente, João Kaus, ainda à espera da oficialização de sua pré-candidatura a deputado estadual, tem mantido postura surpreendentemente olímpica.
– Mas, nas internas peemedebistas o suplente de vereador está tiririca da vida. A razão do seu, digamos, desconforto, é a ação do concorrente (que foi aliado em outubro passado, diga-se) Fabiano Pereira, do PSB.
– Kaus ficou particularmente brabo com o que considerou “protagonismo” do secretário estadual de Obras no programa “Fique Legal”, entre quinta-feira e sábado em Santa Maria.
– Num grupo restrito, em que destilou toda sua fúria, disse que “Fabiano está usando o governo, autor verdadeiro do projeto”, para se promover, em detrimento do PMDB, que bancou tudo.
– Para que o leitor tenha ideia do quanto Kaus está brabo, ele chegou a sugerir uma comissão para reclamar diretamente ao governador. Foi quando a turma do “deixa disso” entrou em ação.
– Só por isso já dá para notar como será animada a campanha eleitoral de outubro. Caneladas não vão faltar. E assunto também não.
– A propósito, março que chega tende a ser bastante animado. Em nível estadual, os secretários candidatos vão aproveitar até onde puderem a máquina administrativa.
– Por quê? Ora, em 6 de abril, no máximo, terão que estar fora do governo, por conta da necessária desincompatibilização.
– Sem falar que o mês será dedicado, também, a tentar emplacar substituto que mantenha aliados nos cargos, pelo menos. Isso quando não for possível colocar um parceiro político como secretário.
– Celita da Silva estaria “bicuda”, registrou fonte do editor bastante próxima das decisões petistas. Ela também queria ser presidente da Comissão de Constituição e Justiça, afinal destinada para seu companheiro de PT, Daniel Diniz.
– Aliás, Valdir Oliveira é considerado por muitos o grande articulador, pelos oposicionistas, do acordo em torno das comissões temáticas da Câmara de Vereadores.
– Por sinal, Deili Silva teria decidido por conta própria abrir mão da presidência da CCJ, pois o chamado “Grupo dos 11” já tinha garantido que estaria com ela até o fim. A postura da petebista foi pra lá de elogiada entre os seus.
– Pra fechar: outro dia surgiu a notícia de que o prefeito Jorge Pozzobom “homologou” lei que ele havia sancionado, envolvendo a educação municipal. O fato foi festejado pela edil Luci Duartes, do PDT.
– Com todo o respeito, mas isso simplesmente não existe. A tal “homologação” teve como único condão agradar à edil, que trombeteou (é seu direito) o fato.
– No máximo, mas no máximo meeeesmo, se poderia dizer que o prefeito festejou a sanção junto à vereadora, por sinal, das mais fieis aliadas dos tucanos na Câmara.
– Dito isto, está na lei: projeto aprovado na Câmara pode ser sancionado ou vetado (no todo ou em parte).
– Ou, ainda, o prefeito pode “se calar” – o que é comum quando ele, sabendo que a proposta é inconstitucional, não se manifesta, deixando o Legislativo promulgar a lei que não será cumprida.
– O que certamente nããão existe é a “homologação” do que foi sancionado. Resumindo: o que houve foi apenas um agrado à torcida (no caso, à vereadora) e a possibilidade de fazer uma foto para o Feicebuqui.
Com todo respeito que o nobre jornalista e seu site merece gostaria apenas de esclarecer que a LEI nº 6185 que foi aprovada pela câmara de Vereadores de minha autoria foi sim assinada pelo Senhor Prefeito dia 26/12/2017. E portanto a lei existe SIM e de direito. Da mesma forma a Lei nº 6152/2017 de minha autoria, qual foi apropriovada e o prefeito silenciou e o Presidente da Câmara Vereador Admar Possobom assinou. Só gostaria de deixar claro que as refwridas Leis existem sim e já estão à disposição para professores aplicadas conforme determina as próprias leis. Sei que você posta o que quer pois o site é seu, mas aa LEIS EXISTEM DE DIREITO, Obrigada por sua atenção nobre jornalista
NOTA DO SITE: talvez fosse o caso de uma nova leitura. Em momento algum o editor questionou a existência das leis. O ponto foi outro. Mas, como disse alguém, o escriba só é responsável pelo que escreve, não pelo que interpretam.
Ficar brabo é para quem pode, não para quem quer. Kaus não conseguiu se eleger vereador, logo candidatura é para juntar votos e deixar de ser suplente na próxima eleição. Interesses do Gringo obviamente são outros (votos na AL?), coisa que o político local não tem para fornecer.
CCJ só existe para, se for o caso, criar dificuldades. É formalidade. Basta ver a quantidade de inconstitucionalidades que acabam aprovadas pelo legislativo municipal. Como em todo lugar, ou o procurador dá um jeito de dizer que tudo é constitucional, ou a comissão desconsidera o parecer e manda adiante do mesmo jeito, diz que é o que não é e pronto. Argumentos não faltam, inclusive que o legislativo não pode praticar autocensura.