ANDRESSA SCHIMIDT. Para a polícia, namorado foi quem matou filha do radialista. Nome não é divulgado
Por FABRÍCIO MINUSSI (com foto de Reprodução/Feicebuqui), no portal da Rádio Medianeira
A Polícia Civil – por meio da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria – remeteu ao Judiciário o inquérito policial que investigou o homicídio e a ocultação de cadáver de Andressa Thomazi Schimidt (foto acima). Ela, que era filha do radialista e ex-vereador Paulo Sidinei Schinidt, despareceu em 13/08/2016 e foi localizada morta na noite de 15/08/2016 no interior do porta-malas do veículo que possuía.
O então namorado de Andressa, um empresário de 29 anos, foi indiciado por feminicídio qualificado (motivo fútil, asfixia e mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima), bem como por ocultação de cadáver. Foi ele quem, à época, comunicou à Polícia Civil o desaparecimento de Andressa.
O inquérito policial tem 460 páginas. O indiciamento teve por fundamento provas testemunhais (48 pessoas foram ouvidas), análise de diversos dados colhidos durante a investigação e, sobretudo, os resultados de perícias, especialmente as realizadas pela divisão de genética forense do Instituto Geral de Perícias do RS.
A conclusão do inquérito policial não ocorreu em menor tempo em razão da complexidade da investigação e devido a algumas instituições e empresas demorarem em atender às requisições da Polícia Civil e do Judiciário. Por duas ocasiões (dezembro de 2016 e agosto de 2017), a Polícia Civil representou judicialmente pela prisão do indiciado, porém em ambas os pedidos foram indeferidos. O homem negou qualquer participação nos crimes pelos quais foi indiciado. Novamente, a Polícia Civil solicitou a prisão (preventiva) dele.
O nome do indiciado não foi divulgado pela Polícia. A investigação foi presidida pelo Delegado Gabriel Gonzales Zanella, Titular da DPHPP de Santa Maria.
A reportagem conversou por telefone com o pai da Andressa. Paulo Sidinei disse que sempre acreditou no trabalho da Polícia. “Sempre estive presente durante o inquérito, como testemunha e como um pai que perdeu uma filha para o resto da vida”, disse o radialista e ex-vereador. “Minha dor vai ser atenuada no dia em que o juiz decretar a prisão do acusado”, finalizou.
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