PARTIDOS. Tucanos isolam Marchezan e o PMDB e consolidam pré-candidatura de Eduardo Leite. Será?
O tucanato sempre esteve dividido, no Rio Grande do Sul. De um lado, o grupo liderado por Nelson Marchezan Júnior, hoje prefeito da capital. De outro, os que sempre fecharam com a ex-governadora Yeda Crusius, entre eles o prefeito santa-mariense Jorge Pozzobom.
Nesse momento pré-eleitoral, aparantemente a disputa, que sempre foi equilibrada, pende para o lado da ex-comandante do Piratini, alinhada à candidatura própria ao Governo, com Eduardo Leite, ex-prefeito de Pelotas.
É nesse contexto que devem ser entendidos os movimentos da hora, com Marcehzan tentando se aproximar do PMDB de José Ivo Sartori e o rechaço pronto de Leite e de Yeda. Que, a propósito, deixou muito clara sua posição, em entrevista ao jornal Correio do Povo, como você pode conferir a seguir. A reportagem é assinada por Flavia Bemfica, com foto de Luis Macedo, da Agência Câmara de Notícias. Acompanhe:
“Yeda descarta apoio à reeleição de Sartori…
…Única representante do PSDB gaúcho no Congresso, a deputada federal Yeda Crusius reforçou ontem o discurso de que o presidente estadual do partido, Eduardo Leite, será candidato ao governo do Estado, independentemente das coligações que forem fechadas. Yeda disse que o partido deseja muito firmar uma aliança com o PP, por acreditar que isso praticamente definiria o quadro eleitoral. Mas ressalvou que, caso o PP decida apresentar candidatura própria no primeiro turno, Leite buscará outros aliados e disputará o Piratini na cabeça de chapa. “A candidatura do Eduardo é muito forte, e outros partidos querem vir com a gente. Estamos muito próximos também do PTB.”
Na quinta-feira, após se tornarem públicos vários movimentos do PMDB no sentido de tirá-lo da disputa, Leite declarou que tem apoio total do governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, e que sua candidatura é prioridade do diretório nacional. A primazia dada à candidatura própria tucana no RS é reforçada pelos indicativos de que, entre os maiores colégios eleitorais, será aqui e em São Paulo que o partido terá candidatos competitivos ao governo. Há dúvidas em Minas Gerais, onde o senador Antonio Anastasia reluta em concorrer. Na Bahia, o partido está inclinado a apoiar o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto. Está sem candidato no Rio de Janeiro. E tudo indica que não apresentará candidatura própria no Paraná, onde hoje tem o governo.
Parte das lideranças peemedebistas do RS espera trocar seu apoio à candidatura presidencial de Alckmin pelo dos tucanos à reeleição do governador José Ivo Sartori. Mas, segundo Yeda, isso está fora de questão. “Nós até compreendemos que o PMDB queira jogar essa e outras cartas na candidatura presidencial, mas no Rio Grande do Sul já estamos decididos. Isso foi resolvido ainda no ano passado.”
“Marchezan tem que governar com a Câmara”
As conversas de peemedebistas com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), sobre uma provável vinculação entre a eleição estadual e o possível apoio do PMDB à atual administração são apontadas como outro movimento de articuladores do governador José Ivo Sartori para minar a candidatura tucana ao Piratini. De acordo com a deputada federal tucana Yeda Crusius, caso ocorra, a aproximação na Capital não terá qualquer influência na corrida estadual. “O PSDB estadual vai entrar em uma eleição. A prefeitura já teve a eleição. Agora tem que governar com a Câmara de Vereadores. O que o prefeito achar que é bom para ele, faz. Mas não negocia em nome do estadual. Isso não existe. O estadual tem um novo presidente, uma nova executiva e um novo diretório. São eles que decidem. E suas conversas são com o PSDB nacional.”
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Marchezan com popularidade caindo pelas tabelas em POA dando abraço de afogado no Gringo. Grupo dele não era ligado ao de Aécio?
Falar até papagaio fala. Já vi o Gringo dizer que não será candidato à reeleição e o Leite dizer que seria candidato a deputado federal. Já falaram até na candidatura do vice-governador.
Apoio do Picolé de Chuchu não significa muita coisa, é só olhar as pesquisas nacionais. Em Minas Anastasia reluta porque a situação financeira do estado é parecida com a do RS, ou seja, virar governador pode ser uma vitória pirrica.
É um caso para se pensar, diria Rodin.