CRISE NO PT. Pimenta entra em cena e Daniel Diniz, por enquanto, mantém os cargos que ameaçou deixar

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Mateus Azevedo/AICV), da Equipe do Site

O vereador Daniel Diniz (PT) teve uma terça-feira (10) bem agitada. Após anunciar que estava abrindo mão da liderança da bancada petista na Câmara e também da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), recebeu uma enxurrada de ligações de lideranças da sigla e também do Grupo dos 11 para rever sua decisão. Por ora, ele afirma que irá manter-se nos cargos.

A posição de deixar as duas funções ocorreu durante reunião da bancada com a presidente da sigla, Helen Cabral. No encontro, Diniz sofreu fortes cobranças da vereadora Celita da Silva em razão de um acordo da interno que foi quebrado (AQUI).

“Em relação a CCJ, há um impasse jurídico e político. Não sabemos como se dará o processo de eleição de um novo presidente e, obviamente, não queremos que um parlamentar governista assuma o controle. Vamos tratar deste assunto com o G11”, explica Diniz.

Sobre a liderança da bancada, Diniz afirma que recebeu uma ligação do deputado federal Paulo Pimenta (PT) para não deixar o cargo neste momento. O parlamentar, que está em Curitiba, deve vir a Santa Maria no final de semana para discutir o tema com os quatro vereadores petistas. É provável que o deputado estadual, Valdeci Oliveira (PT); e Helen Cabral também participem do encontro.

“Vamos ter a responsabilidade e maturidade política de passar por cima das vaidades que ocorrem internamente na bancada. Vamos aguardar uma reunião como deputado Pimenta para tomar uma decisão oficial. A nossa responsabilidade está acima de qualquer interesse individual”, disse Diniz.

Nos corredores do Legislativo, este foi o assunto mais comentado nessa terça. Lideranças do governo e do G11 acompanham o desenrolar do imbróglio petista com atenção. Embora evitem tomar partido, ambos os lados relatam que Diniz faz uma boa gestão na presidência da CCJ.