Câmara de VereadoresEconomia Solidária

FEIRÃO COLONIAL. Para líder do governo Pozzobom, a Irmã Lourdes Dill age de uma forma “irresponsável”

“Não podemos eximir a irresponsabilidade da irmã Lourdes à frente da gestão daquela feira”, disse João Chaves, na Câmara de Vereadores

Por MAIQUEL ROSAURO (com fotos de Mateus Azevedo/AICV e Divulgação), da Equipe do Site

A apreensão de produtos da agricultura familiar pela Vigilância Sanitária, na madrugada de sábado (14), foi destaque na Câmara de Vereadores nessa terça-feira (17). Enquanto parlamentares de oposição defenderam os pequenos produtores rurais, a principal liderança do governo Pozzobom apontou a irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, como responsável pelo problema.

A barreira sanitária apreendeu mais de meia tonelada de alimentos sem procedência, como carne suína, carne ovina, frango, embutidos, queijo, mel, torresmo, banha, leite e, segundo os produtores, até mandioca descascada. A ação foi realizada na BR 287, em frente à Ulbra, e contou com a participação da Supervisão Regional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Patrulha Rural, Polícia Rodoviária Federal e integrantes do Serviço de Inspeção Municipal e Vigilância Sanitária.

Mais de meia tonelada de produtos da agricultura familiar foram apreendidos na madrugada de sábado

Na Câmara, os vereadores Luciano Guerra (PT), Celita da Silva (PT) e Ovidio Mayer (PTB) defenderam os pequenos produtores rurais que deslocavam até o tradicional Feirão Colonial, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Celita inclusive convidou os parlamentares para trabalharem por um dia na área rural para conhecerem as dificuldades que o homem do campo enfrenta.

No entanto, o líder do governo na Câmara, João Chaves (PSDB), seguiu uma linha diferente, explicando que existe um cronograma federal, estadual e municipal de ocorrências da fiscalização. Ele também afirmou que a questão está relacionada à saúde pública, alertando que existe a suspeita de um surto de toxoplasmose em gestantes no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).

Chaves argumentou que a irmã Lourdes, responsável pelo Feirão Colonial, foi chamada à Prefeitura, em dezembro, para discutir o assunto com a Vigilância Sanitária.

“Não podemos eximir a irresponsabilidade da irmã Lourdes à frente da gestão daquela feira, que permitiu e vem permitindo que esses pequenos agricultores tragam esses produtos (sem procedência)”, explicou o vereador.

O parlamentar também listou alguns exemplos de feiras regularizadas no município.

“O governo vem trabalhando na questão das feiras e do pequeno produtor. Temos a Feira do Politécnico, a Feira da Praça dos Bombeiros e, daqui a alguns dias, teremos o Feirão da Gare com pequenos produtores regularizados de forma correta”, disse Chaves.

Abaixo, confira na íntegra a manifestação do líder do governo sobre o tema:

O site tentou contato com a irmã Lourdes para ela comentar a situação, porém a religiosa está em São Paulo e não atendeu aos telefonemas.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

8 Comentários

    1. A lei sempre convém a direitinhas e esquerdinhas.

      Mas é engraçado quando a lei nunca convém a vermelhinhos quando roubam bilhões dos cofres públicos, quando vão presos, quando invadem prédios públicos, quando colocam fogo nas ruas e nas estadas, quando destroem patrimônios público e privado É “muito engraçado”.

    2. Aliás, melhor dizendo, a lei deve convir a todos, não só para uso político, nem a desqualificá-la quando não serve por questão pessoal ou política.

  1. Lamentável a fala do Vereador Chaves dando a entender que a Irmã Lourdes Dill é a responsável pelas políticas de geração de trabalho e renda do município. Se tem alguém nessa cidade que merece nosso respeito é a Irmã Lourdes, que desde os tempos mais difíceis, está buscando, através da Economia Solidária formas de resistência ao grande capital, contribuindo com a organização dos pequenos produtores. Por outro lado, gostaria de saber do nobre edil, de que forma o municipio está comprometido com esses pequenos produtores rurais, para que eles superem tais dificuldades. Agora, relacionar a apreensão de produtos pela Vigilância Sanitária ao surto de Toxoplasmose é algo inusitado.

  2. Bom citar também a lei dos crimes contra as relações de consumo: ” vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo; Pena – detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa”. Lei 8137/90.
    Argumento que usam justificaria os ambulantes pelas ruas da cidade, a venda de “muamba” no shopping Independência, etc.

  3. Vivemos em uma sociedade organizada, onde existem leis para serem cumpridas, independente do poderio econômico, status social, clero, religião, etc….
    Em relação a Produtos (alimentos) de Origem Animal existem legislação municipal, estadual e federal que norteiam a produção, o processamento, o transporte e a comercialização desses produtos. Produtos que são processados em local sem registro no órgão sanitário competente, produtos transportados sem rótulos (sem identificação de origem), produtos comercializados sem rótulos (sem identificação de origem) são considerados irregulares. Como não sabemos se esses alimentos tenham sido processados, da origem ao consumidor, sob alguma circunstâncias que os tenham tornado potencialmente perigoso à saúde pública, os mesmos são considerados impróprios para o consumo.
    Conforme código de defesa do consumidor, Lei Federal n.º 8.078, nenhum, produto alimentícios deve ser exposto à venda sem a devida identificação de origem, ou seja, rótulo.

  4. Seria preconceito religioso do “pastor” ou só maldade mesmo?

    Se tem alguém em Santa Maria que merece respeito é a irmã Lurdes e os produtores da economia solidária. Mas é fácil para um sujeito bem nutrido, acostumado com o ar condicionado e o troco certinho no fim do mês passar por cima de quem trabalha…

    Só não se enganem, isso é apenas mais uma prova que o tucano Cladistone faz um governo para os grandes e não para os pequenos. Olhem os bairros em que ele ganhou a eleição e será fácil entender…

  5. O que eu acho estranho é que na campanha tanto o prefeito quanto o vereador João chaves não saiam de lá fazendo campanha eleitoral.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo