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“Judiado da Idade” – por João Luiz Vargas

A identificação do autor com clássicos versos de Pedro Ortaça

Peço licença a Pedro Ortaça, que nos seus versos em “Judiado da Idade”, diz:

“Nos tempos de moço novo fui pegado no arreios, pealava bem no rodeio surrava qualquer velhaco, nunca esparramei meus caco onde houveram suruba, mas depois que fiquei velho qualquer vento me derruba.

Nos tempos de moço novo tranqueando de lombo duro, pealava até no escuro fui guapo barbaridade, hoje judiado da idade minhas forças vem e se somem, me bate até a cachorrada pensando que é um lobisomem.

Nos tempos de moço novo bebia de tudo um pouco, comia mesmo que um louco, foi que froxei o garrão, encrencado da pressão, meu coração se aporreia, muitas vez não como nada e passo de barriga cheia.

Nos tempos de moço novo foi linda minhas campereadas, recordo da gineteada do meu passado risonho, as vezes dormindo eu sonho com redomão caborteiro, me acordo em “riba” do catre dando “”pau”” no travesseiro.

Nos tempos de moço novo sempre fui sincero e franco, no cabo do ferro branco fui ligeiro por “demas”, mas depois que fiquei velho, veja o que a idade nos faz, dou dois passos pra frente e uns quatro ou cinco pra trás.

Nos tempos de moço novo não corri de assombração, hoje já mal da visão vejo o mundo diferente, às vezes salto do cepo me assusto “ansim” de repente, vejo até mulher pelada que vem dançar na minha frente, mas isso é o peso da idade que vem judiando da gente, mas isso é o peso da idade que vem judiando da gente.”

– Me identifico muito com a música do missioneiro Pedro. Como não sou mais moço novo, me enquadro muito nesses versos.

(*) João Luiz Vargas, prefeito de São Sepé (ex-deputado, ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado), escreve no site às sextas-feiras.

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