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PARTIDOS. Bancada do PT racha ao meio em apoio a moção pró-general que comanda a intervenção no Rio

Moção do vereador Manoel Badke, do DEM, provocou uma crise interna no PT de Santa Maria. Até o Diretório Municipal irá se manifestar

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Mateus Azevedo/AICV), da Equipe do Site

Os vereadores de Santa Maria aprovaram, na terça-feira (3), uma moção de apoio ao general do Exército, Walter Souza Braga Netto, que lidera o Comando Militar do Leste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). A iniciativa proposta por Manoel Badke – Maneco (DEM) recebeu apenas dois votos contrários, dos petistas Valdir Oliveira e Daniel Diniz, e acabou gerando uma crise interna no partido da estrela solitária.

O grupo de WhatsApp do PT de Santa Maria ferveu com o fato de os vereadores Luciano Guerra (PT) e Celita da Silva (PT) terem votado a favor da moção. Ambos foram duramente criticados, inclusive com ofensas pessoais.

Vários petistas têm o entendimento de que a moção de Maneco, indiretamente, apoia a intervenção militar no Rio, algo que vai na direção contrária à ideologia da sigla. A polêmica foi tanta que a presidente municipal da sigla, Helen Cabral, decidiu intervir.

A petista irá chamar a bancada para uma reunião, que deverá ocorrer nos próximos dias. Ela projeta que instâncias partidárias do PT, como Diretório e Executiva, também vão pautar o tema.

“Creio que os vereadores (Celita e Luciano) não entenderam direito o mérito. Parece que faltou a bancada se reunir e debater o assunto. Mas em nenhum momento eu acho que teve má fé ou voto contra o partido. Agora vou buscar essa reunião de reconciliação, que é necessária”, explica Helen.

A vereadora Celita esclarece que a moção não foi em apoio à intervenção militar no Rio, mas sim à história do general Braga Netto à frente das Forças Armadas e ao desafio que ele enfrenta.

“Dizer, ao votar a favor desta moção, que reconhecemos a história profissional de Braga Netto, não significa, de forma alguma, dizer que apoiamos a intervenção militar”, argumenta Celita.

Já Guerra informa que não foi procurado pela direção do partido para tomar qualquer decisão e que conversou informalmente com o líder da bancada, Daniel Diniz, para manifestar sua opinião. O petista também defende que a ideologia partidária também prega a democracia e que boa parte de seus eleitores tem a mesma posição a respeito do assunto.

“Entendo que é preciso uma forte reação para combater a criminalidade, porém, uma intervenção não pode influenciar, jamais, na democracia e nem infringir os direitos humanos. Precisamos ter respeito às famílias e à vida”, afirma Guerra.

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5 Comentários

  1. “Creio que os vereadores (Celita e Luciano) não entenderam direito o mérito. Parece que faltou a bancada se reunir e debater o assunto. Mas em nenhum momento eu acho que teve má fé ou voto contra o partido. Agora vou buscar essa reunião de reconciliação, que é necessária”, explica Helen.

    Sério? Foi falta de reunião tipo quando “decidiram” chamar PMDB e Temer para a chapa?
    E agora quem votou fala da sogra, de anexos indesejáveis e outras justificativas insanas.
    Cadê a democracia? Vereadores não tem direito a individualidade e opinião própria ou TUDO tem que passar por reunião, debate, consenso e por aí vai.

  2. Só deveria ter sessão no plenário se realmente houvesse algo de fundamento para decidirem. Se não há, que fiquem nas suas atividades nas comissões. Em um caso mais importante a focar, por exemplo, TODOS os vereadores deveriam se envolver com o plano diretor. Deveriam estar pesquisando sobre o assunto, sobre conhecimentos especialistas, procurando especialistas, não a coisa ficar só numa comissão e nas audiências públicas de “participação popular” de uma população que obviamente não tem competência acadêmica para colaborar, uma vez que o tema é extremamente complexo e que exige conhecimento especializado. Se é complexo, precisa de tempo, muito estudo, envolvimento, precisa que todos os vereadores participem. Antes isso do que em plenário inventando essas coisas que não repercutem para a melhoria de nada das nossas vidas.

  3. É muito lindo quando falam em “participação popular”, mas na prática? Não estão vendo que a repercussão sobre o absurdo e surreal de número que fazem de homenagens, prêmios, moções, é semana disso, é semana daquilo (parece as antigas aulas de Educação Moral e Cívica na escola de séries iniciais) está fora da realidade do bom senso?

    Precisa-se de plebiscito ou audiência pública para que a população diga que está demais? Acham que a população seria favorável a tanto envolvimento com coisa que não leva a lugar nenhum? Quem é que gera essas moções? Não há coisa mais importante a encaminhar?

  4. A cidade às escuras, aos buracos, às moscas e os caras dê-lhe moções, e brigando por elas. Vai fazer muita diferença para o general receber esse “mimo”. Às vezes, um relho faz falta.

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